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Má fase
Alvo de críticas de investidores, Grupo X perde investimento da Mauá Sekular por problemas de governança

O tempo anda fechado para a companhia de estaleiros e serviços navais OSX, do milionário Eike Batista. Depois de um IPO decepcionante em março – a captação atingiu R$ 2,45 bilhões, um terço do previsto –, a caçula do Grupo EBX acaba de perder seu diretor-presidente e de relações com investidores Rodolfo Landim, um dos muitos talentos da empresa egressos da Petrobras. Como pano de fundo desse cenário conturbado estão as críticas dos investidores e analistas ao plano de negócios da OSX, excessivamente dependente dos resultados da sua irmã, a petrolífera OGX.

Há também quem desaprove questões de governança ligadas à OSX. Em sua carta trimestral aos investidores, a Mauá Sekular Investimentos questionou a estrutura societária da OSX. Considerando que seus ativos são um contrato de fornecimento com a OGX, com parâmetros de rentabilidade preestabelecidos, e uma parceria técnica com a Hyundai, o mais coerente não seria que a OSX nascesse como uma subsidiária da petrolífera, e não sob seu controlador? A Mauá assegura que sim, uma vez que o valor do plano de negócios da OSX — de R$ 12 bilhões, na visão dos controladores — está umbilicalmente ligado ao da OGX. “Por essa razão, em nossa opinião, este valor criado deveria pertencer aos acionistas da OGX, e não aos seus controladores”, ressalta a carta.

Questionado pela CAPITAL ABERTO, o Grupo EBX explicou que, além dos ativos mencionados pela Mauá, a OSX detém outros bens, como uma grande extensão de terras litorâneas em Santa Catarina, onde pretende instalar e operar seu primeiro estaleiro, e uma unidade naval, a FPSO OSX-1, na Coréia, destinada à produção, armazenamento e descarga de óleo e gás. “A criação da OSX como uma empresa independente objetivou capturar a atual oportunidade de expansão do mercado naval brasileiro e permitir que a OGX continue preservando a maximização do retorno para seus acionistas”, informou.

A estrutura montada entre a OSX e a OGX, que cria uma enorme quantidade de contratos com partes relacionadas, também é alvo de crítica. Para a Mauá, devido aos precedentes do mercado brasileiro, é natural que os investidores imponham um custo (através de valuations mais baixos) para empresas envoltas em redes de transações desse tipo. “Nossa percepção sobre as práticas de governança do grupo mudou com o IPO da OSX”, conclui a gestora, que afirma ter diminuído sua exposição às empresas de Eike Batista, vendendo parte de sua posição na OGX. Sobre as tratativas com partes relacionadas, o grupo EBX frisou que “há total transparência para que o investidor acompanhe as informações à medida que os contratos vão sendo firmados.”


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