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Independência dos comitês de incorporação está à prova

, Independência dos comitês de incorporação está à prova, Capital AbertoCom um time de estrelas, os controladores da Aracruz poderão desfazer a má impressão que o anúncio da incorporação das ações da companhia pela Votorantim Papel e Celulose (VCP) causou aos investidores preferencialistas. Em abril, convocaram dois ex-presidentes do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho e José Pio Borges de Castro Filho, e o economista José Roberto Mendonça de Barros, um dos criadores do Novo Mercado da Bovespa, para compor uma equipe cujo papel é recomendar uma relação de troca o mais equitativa possível. A VCP também convocou profissionais tarimbados para negociarem a operação — o ex-ministro da Fazendo Mailson da Nóbrega; o ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) José Luiz Osório; e Rogério Werneck, diretor do departamento de economia da PUC-Rio. Tudo para garantir a isenção na negociação.

As empresas estão praticando o parecer de orientação 35 da CVM, publicado em setembro do ano passado, para tentar reduzir a insatisfação dos acionistas minoritários nas incorporações. Dentre outros pontos, a autarquia propõe a criação dos comitês que as produtoras de celulose montaram. Ambas escolheram o modelo com o maior nível de independência — um grupo formado somente por não administradores e com “notória capacidade técnica”, conforme diz o parecer da CVM.

Havia outras duas possibilidades. Poderia ser um comitê formado exclusivamente por administradores da companhia, em sua maioria independentes. Ou com um administrador eleito pela maioria do conselho; o segundo pelos não controladores; e o terceiro, pelos dois outros membros. Essa foi a escolha de Telemig Celular Participações e da Telemig Celular S.A. A Vivo, controladora das duas, informou por meio de sua assessoria de imprensa que encontrar membros externos, como o fez a Aracruz e a VCP, levaria mais tempo que o desejado. A Vivo tem pressa porque vai incorporar as ações da Telemig Celular Participações, depois de esta absorver os papéis da Telemig Celular S.A. E, na prática, emplacou a maioria das vagas nos comitês.

O vice-presidente do conselho da Vivo, Shakhaf Wine, e Norair Ferreira do Carmo, diretor de Relações com Investidores da Telesp (empresa pertencente ao grupo Telefónica, que integra o bloco de controle da Vivo), foram indicados para os comitês das duas Telemigs. Marcelo Barbosa, membro apontado pelos minoritários na Telemig Celular Participações, concordou com essa composição. “O comitê não é uma panaceia”, diz ele. O fato de abrir espaço para a negociação com um conselheiro eleito pelos não controladores já melhora o nível da conversa, acredita o advogado. Nessa avaliação, o interesse dele é garantir que o valor da Telemig não seja depreciado quando houver a incorporação pela Vivo.


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