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Tudo pronto na B3 para início do mercado futuro de Bitcoin
Para analistas, derivativo da cripto trará mais visibilidade para o ativo e pode gerar oportunidades de arbitragem entre a cotação futura e ETFs negociados no mercado local
bitcoin, Tudo pronto na B3 para início do mercado futuro de Bitcoin, Capital Aberto

O mercado de ativos digitais é algo relativamente novo, mas tem ganho relevância mundo afora não apenas pelo interesse dos investidores pessoa física, mas também dos institucionais, o que atrai o interesse dos reguladores. Desde que o Bitcoin chegou ao mercado, dezenas de outras criptomoedas passaram a disputar espaço na carteira dos investidores. O surgimento de fundos de criptos e de ETFs de BTC, aprovados pela SEC americana no começo deste ano, são marcos importantes deste mercado. O Brasil  acompanha a tendência de institucionalização  dos criptoativos. A mais recente iniciativa é a criação do mercado futuro de Bitcoin na B3, que começa a operar nesta quarta-feira (15). Analistas consultados pela Capital Aberto falam sobre a expectativa para esta nova forma de negociação e também do grande evento da semana, o halving de BTC.


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Para o diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin, Fabrício Tota, o mercado futuro de bitcoin na B3 é um validador para investidores mais conservadores. “Talvez fosse o impulso que faltava, já que não é algo óbvio para a maior parte das pessoas.”  

Do ponto de vista clássico, o mercado futuro nada mais é do que um ambiente que permite fazer um hedge das posições na bolsa de valores, ou seja, uma proteção dos investimentos.

“Este novo instrumento derivativo proporcionará aos investidores uma maneira adicional de diversificar suas estratégias e se proteger contra a volatilidade do bitcoin”, explica o head de criptomoedas da Hurst Capital, Francis Wagner.

Segundo ele, ao utilizar o índice Nasdaq Bitcoin Reference Price como referência, o contrato futuro de bitcoin será liquidado financeiramente, sem envolver a compra e a venda direta de criptomoedas. “A presença de formadores de mercado inicialmente ajudará a garantir a liquidez e a confiabilidade na formação de preços. Este movimento da B3 reflete a crescente demanda por instrumentos regulados no mercado brasileiro de criptoativos”, diz Wagner.

Na visão do head de criptomoedas da Hurst Capital, os contratos futuros de Bitcoin na B3 contribuirão para a popularização do investimento em bitcoin no Brasil, embora não devam ser vistos como uma mudança revolucionária no jogo. “Vai representar uma evolução significativa no ecossistema financeiro brasileiro, oferecendo aos investidores mais opções para diversificar suas estratégias e se proteger contra a volatilidade do bitcoin.”

Porém, Wagner alerta que os ETFs de bitcoin, já negociados na B3, podem ser mais interessantes em certos aspectos, especialmente considerando o compromisso dos gestores de manter o ativo em carteira, o que pode afetar a oferta no mercado.

“A introdução do contrato futuro de bitcoin na B3 tem o potencial de ampliar a visibilidade e a aceitação do Bitcoin no mercado brasileiro, inclusive para investidores institucionais. Podem surgir oportunidades de arbitragem entre o futuro de bitcoin e ETFs negociados no mercado local, o que costuma atrair mais esse tipo de investidor”, analisa o gestor e diretor de investimentos da QR Asset Management, Theodoro Fleury.

Após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a xerife do mercado de capitais brasileiro, aprovar o manual com as regras relacionadas a este tipo de contrato, a nova modalidade de bitcoin vai entrar em operação na Bolsa brasileira nesta quarta-feira (17).

O que esperar do bitcoin após o halving?

O halving do Bitcoin, que acontece a cada quatro anos e é responsável por reduzir a emissão de novos bitcoins, terá um elemento novo este ano e que pode ajudar na alta do bitcoin após o evento. Estamos falando do ETF spot de bitcoin nos EUA, introduzido no começo de 2024, e que pode influenciar positivamente o preço da moeda digital.

De acordo com ohead de criptomoedas da Hurst Capital, a expectativa para o halving do bitcoin, que acontece no dia 19 de abril, é bastante otimista, tanto com base na análise histórica quanto na perspectiva da empresa.

“Historicamente, os halvings foram seguidos por aumentos consideráveis no preço do bitcoin, o que reflete o interesse crescente de bitcoin. No entanto, devemos considerar o cenário atual, especialmente com a introdução dos ETFs nos EUA, o que pode influenciar positivamente os resultados após o halving”, explica o executivo.

Apesar desse novo elemento, Wagner acredita que a redução contínua do fornecimento de bitcoin e a demanda crescente pelo ativo continuarão a impulsionar o preço após o halving. Na avaliação dele, outro ponto relevante, é o All Time High (ATH) (máxima histórica), que nunca foi superado antes do halving, o que já mudou esse ano.

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“A tendência histórica sugere que é mais provável uma alta no preço do bitcoin. Como vimos nos halvings anteriores, o mercado geralmente responde com uma valorização significativa do bitcoin, alimentada pela redução na oferta e pelo aumento na demanda”, ressalta Wagner.

Embora seja impossível prever o comportamento do mercado, especialmente diante de fatores como a introdução de ETF de bitcoin nos EUA, ohead de criptomoedas da Hurst Capital vê a escassez cada vez maior de bitcoin, sua natureza desinflacionária e o constante aumento do interesse atraindo os investidores, impulsionando, assim, o preço do bitcoin para cima após o halving.

Por outro lado, asócia fundadora da Wetrade, Raquel Vieira,afirma que a expectativa é boa para o evento, mas que o mercado já precificou essa movimentação, sendo, portanto, mais um mecanismo de aumento de preço psicológico, uma vez que mais de 90% das bitcoins já foram mineradas.

“Mas o mercado continua com esse padrão de quatro em quatros anos ter esse ciclo de alta. Nesse ciclo, teve um comportamento particular porque o bitcoin começou a bater máximas históricas antes do halving. Então, pode ser algo positivo, já que o bitcoin cresceu antes do halving e pode continuar crescendo depois como nos ciclos anteriores”, analisa Vieira.


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