Volta e meia um grupo de companhias bem sucedidas ganha nome no mercado de ações. É o caso, por exemplo, das Magnificent Seven ou das FAANGs, empresas de tecnologia como Amazon e Netflix. Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (3) pelo Wall Street Journal, quando o batismo ocorre, provavelmente os ganhos mais expressivos já tenham passado. Ainda assim, seguir uma tendência depois que já tenha sido nomeada pode proporcionar retornos superiores ao mercado por cerca de mais um ano. A partir daí, o rendimento tende a perder para o S&P 500.

Para estudar o desempenho de grupos nomeados – efeito de tendências no mercado de ações dos EUA –, o matemático e economista Derek Horstmeyer, professor da George Mason University, e seus assistentes de pesquisa, Matthew Rickard and Camila Marín Builes, realizaram uma análise detalhada de oito tendências nomeadas nos últimos 10 anos e popularizadas pela mídia mainstream.

A partir da primeira menção, o grupo de pesquisadores identificou a primeira data em que cada grupo foi mencionado na imprensa. Em seguida, para cada tendência nomeada, foram analisados os retornos das ações nos 24 meses anteriores e posteriores ao batismo.

Em média, todas essas oito tendências nomeadas apresentaram um aumento considerável nos preços antes de serem ‘batizadas’. Nos 24 meses anteriores à nomeação,  o grupo entregou rendimento 36 pontos percentuais acima S&P 500.

Tendências de ações, como o Magnificent Seven, tendem a registrar seus maiores ganhos nos dois anos anteriores a serem cunhadas, mas os investidores ainda podem obter retornos que superam o mercado por cerca de 12 meses após a primeira menção de uma tendência nomeada.

Nos 12 meses seguintes à nomeação, os ganhos tendem a perder força. Do marco de 12 meses ao de 24 meses após o batismo, a média fica atrás do S&P 500 em cerca de 2 pontos percentuais.