Pesquisar
Close this search box.
PIB surpreende analistas, mas ritmo de queda da Selic deve seguir
Publicado nesta sexta-feira (01), o resultado divulgado pelo IBGE foi melhor do que o estimado pelos analistas
PIB, PIB surpreende analistas, mas ritmo de queda da Selic deve seguir, Capital Aberto

A alta de 2,9% do PIB do ano passado superou as expectativas do mercado. Ainda assim, o desempenho positivo da economia, puxado em parte pelo crescimento de 15% do agronegócio, não deve frear a queda da Selic. A avaliação é compartilhada por Lucas Farina, analista econômico da Genial Investimentos, e Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. No quarto trimestre, o crescimento da economia foi de 2,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

De acordo com o analista da Empiricus Research, o PIB de 2023 seguiu uma tendência dos anos anteriores: o fator surpresa. “Começamos o ano achando que ia crescer muito menos do que, de fato, cresceu, e é uma tendência que temos observado desde 2021, 2022 e 2023”, confessa Spiess. “Foi um belíssimo PIB de 2,9% e 2024 tem tudo para ser um bom ano também.”

Apesar dos bons resultados, Spiess acredita que a expectativa para a queda da Selic não irá mudar. “A taxa de juros terá mais dois cortes até maio e poderá reduzir o ritmo a partir de junho, para 25 pontos nos cortes ao longo do segundo semestre”, diz o analista.

Lucas Farina lembra que essa trajetória de queda da Selic tem um principal componente que precisa ser medido, a chamada métrica de consumo das famílias, que recuou 0,2% trimestre contra trimestre. “A surpresa tende a facilitar a tarefa do Banco Central de entregar inflação na meta, permitindo uma taxa de Selic terminal mais baixa”, explica. 

Nesta quinta-feira (29), o governo americano publicou o índice da inflação (PCE) em 2,4% e o núcleo ficou com 2,8%. Mesmo com a possibilidade de que o dado afete a trajetória de queda dos juros nos EUA, o reflexo na trajetória da Selic ainda não é certo. “O jogo está em aberto. Claro que isso também é um dos motivos que possibilita a redução de ritmos de cortes por aqui depois das próximas duas reuniões”, ressalta o analista da Empiricus. 

Para o representante da Genial Investimentos, o começo dos cortes de juros está apostando para junho. “A nossa visão era de que os mercados estavam com um otimismo exacerbado, motivo pelo qual sempre apostamos no início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos se dando por volta do meio do ano.” 

Em relação a como o ciclo de afrouxamento monetário nos EUA pode afetar a trajetória da Selic aqui no Brasil, os juros nos EUA agem para limitar o limite mínimo até o qual a Selic pode ser reduzida, diz Farina. “Isso ocorre por conta do diferencial de juros entre os dois países ser um dos principais determinantes da taxa de câmbio. Caso esse diferencial caia demais, há o risco de desvalorização excessiva do real frente ao dólar, o que passa a trabalhar contra o Banco Central brasileiro no seu esforço para levar a inflação para a meta”. 


Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.


Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.


Você está lendo {{count_online}} de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês

Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.

Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais


Ja é assinante? Clique aqui

mais
conteúdos

APROVEITE!

Adquira a Assinatura Superior por apenas R$ 0,90 no primeiro mês e tenha acesso ilimitado aos conteúdos no portal e no App.

Use o cupom 90centavos no carrinho.

A partir do 2º mês a parcela será de R$ 48,00.
Você pode cancelar a sua assinatura a qualquer momento.