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Para fugir do marasmo
Com o Ibovespa patinando, analistas recomendam ações de bancos e grupos educacionais

No segundo dia de janeiro, o Ibovespa, principal indicador de desempenho da BM&FBovespa, batia a marca dos 62 mil pontos. Em 24 de junho, esse número era bem mais tímido: oscilava em torno dos 45 mil. O escorregão reflete tempos de economia debilitada e de declínio de companhias e setores que costumam puxar o índice.
Um exemplo é o segmento de varejo, apontado até há pouco tempo como um dos mais promissores.
Na opinião de Fernando Ferreira, da equipe de análise da Lerosa Investimentos, a queda de 21%, em média, das ações de companhias varejistas reflete o aumento recente dos juros e a inflação. “Essa situação está corroendo o poder de compra das pessoas”, alerta o analista. Os papéis da Lojas Americanas e da Lojas Renner, integrantes do índice, caíram, respectivamente, 23% e 15%, desde janeiro até o dia 24 de junho.
As empresas do Grupo EBX, de Eike Batista, também têm a sua parcela de culpa. Estão no Ibovespa MMX, LLX e OGX, que registraram, respectivamente, baixas de 71%, 59% e 82% entre janeiro e o último dia 24.
“O problema é o refinanciamento da dívida”, pontua Ferreira. Só com o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), o passivo do grupo já estaria próximo de R$ 10 bilhões, segundo informou o presidente da instituição, Luciano Coutinho, em abril.
Para contornar a má fase da bolsa, o jeito é focar na seleção criteriosa dos ativos. Marcelo Torto, analista da Ativa Corretora, aposta nas ações do setor financeiro, que vêm se beneficiando da queda da taxa de inadimplência. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indicam o percentual de famílias inadimplentes alcançou 21,6% em maio deste ano, ante 23,6% no mesmo período de 2012. Além disso, os bancos têm sido mais exigentes nas análises de crédito e vêm abrindo espaço para o crescimento de operações com cartão de crédito. “Eles estão reduzindo suas dívidas em relação a outros setores da bolsa”, observa Torto.
O setor de educação também foi apontado como um que pode surpreender nos próximos anos. Na opinião de Ferreira, da Lerosa Investimentos, há demanda para ganhos de produtividade dentro das empresas. “E isso
passa pela educação básica ou privada”, garante. Uma vantagem do segmento, conforme o analista, é a baixa exposição a riscos regulatórios como os que incidiram, por exemplo, sobre o setor de energia elétrica, em 2012. Desde janeiro, os papéis das companhias de educação se valorizaram 11%, em média. Quem mais contribuiu para esse crescimento foi a Kroton Educacional, cuja ação subiu 32% — a cotação passou de R$ 22,4 para R$ 29,7.


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