A partir de agora, os ativos negociados na BM&FBovespa estão protegidos das bruscas oscilações que podem ser causadas pelas operações de alta frequência (HFT, na sigla em inglês). A boa notícia deve-se à implantação de um sistema denominado “túnel de negociação baseado no preço médio ponderado do ativo”. O sistema, cuja implantação foi finalizada em 27 de julho, aciona automaticamente o procedimento de leilão toda vez que um ativo é negociado fora da faixa de preço — com variação de 3% para os papéis que compõem a carteira teórica do Ibovespa; 10% para as demais ações; e 20% para as opções de ações, os índices e os ETFs. No dia da estreia, cinco leilões foram acionados, segundo a Bolsa. O “túnel” é tão rápido quanto os algoritmos: recalcula o preço médio da ação a cada 15 segundos.
Hoje, as operações de alta frequência correspondem a cerca de 15% do volume da BM&FBovespa. Elas funcionam com base em algoritmos (cálculos matemáticos), desenvolvidos a partir do histórico de negociação de um papel, que disparam ordens de compra e venda a partir de parâmetros previamente estipulados, em milissegundos. É na velocidade que os investidores lucram. Ainda que seja impossível proibir o uso da alta frequência no mercado de capitais, o HFT é criticado mundo afora: a agilidade confere uma vantagem indiscutível a certos investidores em prejuízo de outros.
Nos Estados Unidos, a Securities and Exchange Commission (SEC) e o congresso vêm discutindo o tema. Acredita-se que as operações de alta frequência estejam por trás de estratégias de manipulação de mercado. Eventuais falhas nos algoritmos e nos sistemas de proteção poderiam gerar perdas significativas a investidores.
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