Há 115 anos no mercado, e há quatro como companhia aberta, a SulAmérica sabe que, para superar desafios e se adaptar às transformações do ambiente de negócios, o melhor remédio é não ficar parada. Por isso, 2010 foi mais um ano agitado. Nesse período, a seguradora reestruturou sua área comercial, com o objetivo de torná-la mais ágil e produtiva; celebrou novas parcerias de distribuição, com a Caixa Econômica Federal e com o Citibank; e adquiriu a Dental Plan, operadora de planos odontológicos com forte presença nas Regiões Norte e Nordeste do País. Essas e outras iniciativas foram primordiais para a SulAmérica conquistar a primeira colocação no prêmio As Melhores Companhias para os Acionistas, na categoria valor de mercado entre R$ 5 bilhões e R$ 15 bilhões.
Os resultados da SulAmérica foram recordes em 2010. A companhia terminou o ano com lucro líquido de R$ 614 milhões, crescimento de 48,5% em relação a 2009. O retorno sobre o patrimônio líquido ficou em 21,5%. Com esses números, não é de se espantar que a seguradora tenha tirado nota 9 nesse quesito, bem acima da mediana 5,5 da categoria. Parte desse resultado veio de eventos extraordinários, como a aquisição pela BB Seguros Participações, subsidiária integral do Banco do Brasil, da fatia de 60% das ações ordinárias detida pela SulAmérica na Brasilveículos Companhia de Seguros, por R$ 359 milhões. O movimento faz parte da reorganização societária em curso na seguradora desde 2010, que culminou com o fim da associação, que já durava dez anos, entre SulAmérica e Banco do Brasil.
Atualmente, também está em andamento a venda da participação de 36% que a instituição financeira holandesa ING possui na seguradora. Arthur Farme — Amoed Neto, vice-presidente de relações com investidores (RI) da SulAmérica, encara esse momento de transição como uma oportunidade. Encerram-se antigas parcerias, mas criam-se outras. O executivo ressalta que a companhia tem sido procurada por diversas instituições financeiras interessadas em atender à demanda de seus clientes por seguros. Hoje, são mais de 20 acordos para distribuição de produtos com organizações como Santander, HSBC, Banrisul, Banco do Nordeste, Banco de Brasília, Citibank e Caixa Econômica Federal.
Também no ano passado foi criada a Diretoria de Estratégia e Execução, responsável por definir e colocar em prática a estratégia corporativa em várias áreas da empresa e por acompanhar os resultados dos principais projetos. O novo departamento possuía, em dezembro, 30 iniciativas em andamento.
Os investidores não demoraram a reconhecer os esforços da companhia. Até porque um dos pontos fortes da seguradora é a comunicação com o mercado. Em 2010, a SulAmérica fez dez reuniões públicas, em parceria com a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec); realizou oito non deal roadshows (cinco no Brasil e três no exterior); promoveu 20 encontros com grupos de investidores; e participou de 230 reuniões individuais com investidores e analistas de investimento. Entre 31 de maio de 2010 e 31 de maio de 2011, a variação do retorno total da ação, incluindo dividendos, menos o custo do capital do acionista (TSR-Ke), foi de 54,38%. A recompensa foi uma nota 9 nesse critério, bastante superior à mediana 5,5 da categoria.
A companhia tem sido procurada por diversos bancos interessados em atender à demanda de seus clientes por seguros
“Temos um longo caminho pela frente, mas avançamos muito no desafio de proporcionar mais transparência e qualidade nas informações prestadas aos investidores”, afirma “Amoed. “Acreditamos que o seguro e a previdência existem para dar tranquilidade, resolver problemas e minimizar aborrecimentos. Sendo assim, queremos oferecer ao acionista o mesmo tratamento dado aos clientes.”
Em governança corporativa, a nota da seguradora foi ainda melhor. Tirou 10, enquanto a mediana da categoria foi 7,76. Em sintonia com as melhores práticas de gestão, a SulAmérica definiu profissionais diferentes para ocupar as presidências do conselho de administração e da diretoria. Enquanto Patrick Larragoiti permaneceu na liderança do conselho, Thomaz Menezes foi contratado para a função de CEO executivo em março de 2010. Mais uma aposta da SulAmérica para deixar os acionistas tranquilos.
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