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Powell diz que Fed não hesitará em elevar juros, se for preciso
Mercados reagiram com queda nas bolsas e alta dos juros ao discurso, que contrastou com falas moderadas de outros diretores do Fed.
Jerome Powell, Powell diz que Fed não hesitará em elevar juros, se for preciso, Capital Aberto

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse nesta quinta-feira que “o progresso contínuo em direção ao nosso objetivo de 2 por cento [de inflação] não está garantido: a inflação nos deu alguns sinais contraditórios. Se for apropriado apertar ainda mais a política [monetária], não hesitaremos em fazê-lo.”

“O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) está comprometido em alcançar uma postura da política monetária que seja suficientemente restritiva para reduzir a inflação para 2 por cento ao longo do tempo; não estamos confiantes de que tenhamos alcançado tal postura.”

“Estamos tomando decisões reunião a reunião, com base na totalidade dos dados recebidos e em suas implicações para a perspectiva da atividade econômica e inflação, bem como no equilíbrio dos riscos, determinando a extensão do aperto adicional da política que pode ser apropriado para devolver a inflação a 2 por cento ao longo do tempo. Continuaremos nesse caminho até que o trabalho esteja concluído.”

Logo depois da declaração, os principais indicadores do mercado tiveram um comportamento negativo.

Os juros dos títulos do Tesouro subiram ligeiramente. O rendimento dos títulos de 10 anos, o mais observado pelo mercado, teve uma alta de 12 pontos-base, atingindo 4,6%. Os títulos de dois anos também subiram, levemente, 8 pontos-base, atingindo o pico do dia.

As ações aprofundaram a queda que já vinha pela manhã. Mas é importante notar que o S&P 500 já havia subido 6,5% ao longo dos oito pregões anteriores, antes de registrar queda de 0,8% no final da tarde desta quinta.

Os efeitos também foram sentidos no Brasil, onde o Ibovespa inverteu de alta para queda logo após a fala de Powell.

A declaração foi feita em um discurso muito aguardado pelo mercado, durante evento do Fundo Monetário Internacional, em Washington. 

A fala de Powell era muito aguardada por investidores, à espera de alguma indicação sobre um eventual encerramento do ciclo de alta de juro nos Estados Unidos depois da manutenção, pela segunda vez consecutiva, das taxas entre 5,2% e 5,75% na reunião da semana passada.

Na opinião de Alexandre Lohmann, economista-chefe da Constância Investimentos, a fala de Powell, porém, não deve ser lida como uma indicação de alta de juros.

Segundo Lohmann, o Fed não quer perder o controle sobre a curva de juros, como ocorreu no passado. “Por isso, eles deixam no ar essa perspectiva de ter uma alta residual da taxa de juros. A minha avaliação é que essa alta não vai acontecer e o mercado não a está realmente precificando. Mas só  o fato de o Fed deixar no ar, impede que o mercado seja muito agressivo.”

“Isso segura um pouquinho a curva. E então, segura a curva e deixa as condições financeiras mais apertadas e o fato que as condições financeiras são mais apertadas faz um pouquinho o trabalho que teria feito uma alta de juros.”

Antes de Powell, dois outros diretores do Fed fizeram discursos considerados moderados por analistas de mercado.

“Ainda não estamos vendo os efeitos completos da política [monetária]”, disse o presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, em um evento em Nova Orleans. 

Falando no mesmo evento, o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que concordava com o colega.

As duas declarações indicam que há espaço para o Fed esperar que os aumentos de juros já realizados reduzam a inflação antes de promover uma nova elevação das taxas.

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