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IPCA comportado reforça otimismo do mercado sobre juros
Inflação de outubro ficou em 0,24%, abaixo da projeção de 0,29% do mercado
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A trajetória futura das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos é uma das principais preocupações do mercado financeiro neste momento pelo elevado grau de incertezas.

Depois de três cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual desde agosto, a Selic, taxa básica brasileira, está em 12,25% ao ano. É praticamente consenso entre os especialistas que, em sua reunião de dezembro, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) vai fazer uma nova redução de 0,5 p.p., levando a taxa de referência do país para 11,75% ao ano. A maior dúvida, neste momento, diz respeito ao patamar da Selic ao fim do atual ciclo de baixa, em meados do ano que vem. Embora a maioria dos analistas espere que fique em 9% ao ano, há otimistas apostando que os juros possam chegar a cair até 8,5% ao ano em 2024.

O grupo dos que têm expectativas mais positivas ganhou argumentos nesta sexta-feira (10) com a divulgação, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro. O indicador registrou uma alta de 0,24% dos preços no mês passado, menos do que o 0,29% projetado pelo mercado e que o 0,26% de setembro.

Leia a seguir análises sobre o IPCA, com projeções para o índice:

Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos

“A leitura do IPCA de outubro trouxe surpresa baixista espalhada e mostrou abertura qualitativa boa nos núcleos e nas principais medidas de serviços. Destacamos que a média dessazonalizada e anualizada dos núcleos nos últimos três meses está em 3%, no centro da meta de inflação. Entre as surpresas baixistas, destacamos transporte por aplicativo, higiene pessoal (suspeitamos que possa ter antecipação dos descontos de Black Friday) e automóveis. Por outro lado, alimentos in natura, especialmente as frutas e tubérculos trouxeram surpresa altista. Vimos a virada do sinal negativo para aceleração destes preços desde meados de outubro, para novembro temos alta relevante para alimentação no domicílio, porém já conseguimos identificar que os preços das hortaliças nas coletas de atacado começaram a estabilizar. Para frente, vemos risco baixista na nossa projeção para o IPCA de 2023, que está em 4,5%, em razão da possibilidade de reajuste, de queda, da gasolina. Para 2024, seguimos com projeção de 4,4%.”

Alexandre Maluf, economista da XP Investimentos

“Em nossa opinião, as medidas subjacentes do IPCA de outubro confirmam que a segunda fase da desinflação no Brasil tem avançado mais rapidamente do que o esperado. Não fossem as incertezas fiscais e a alta das taxas de juros nos EUA, o BCB teria espaço para acelerar o ritmo de redução da taxa Selic. Mesmo assim, mantemos nossa previsão de que o Copom agirá com cautela e entregará cortes de 0,50pp nas próximas reuniões. Por fim, mantemos nossas projeções de IPCA em 4,5% em 2023 e 3,9% em 2024.”


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