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As chaves da sobrevivência na bolsa de valores
Gestores de fundos de ações privilegiam empresas com cultura consolidada e bons administradores, aptas a enfrentar o que está por vir
  • Rejane Aguiar
  • junho 5, 2020
  • Gestão de Recursos, Reportagens
  • . bolsa de valores, gestão de recursos, Ativismo, ​governança corporativa, Coronavírus
As chaves da sobrevivência no mercado de ações

Imagem: freepik

Embora já seja quase um clichê, o conceito físico de resiliência é o que representa melhor o farol que gestores de fundos utilizam neste momento de pandemia para selecionar os ativos de suas carteiras. O desafio é encontrar entre as empresas investidas e as disponíveis no mercado as que têm capacidade de enfrentar a onda recessiva que já se instalou e que pode causar ainda mais estragos daqui em diante. E essa capacidade passa por uma cultura corporativa bem estabelecida, pela existência de times de administração eficientes e por uma posição robusta de liderança nos setores. 

“Hoje testamos a resiliência dos negócios das empresas que integram nosso portfólio, já que é muito importante saber como se dará a saída da crise”, afirma Carlos Simas, sócio-diretor da Dynamo. “Começamos em 1993 e desde então foram muitas as crises que o Brasil atravessou. Essa experiência nos mostra que apesar de resiliência ser um termo meio banalizado ainda é válido”, acrescenta Fabio Alperowitch, diretor de portfólio da Fama Investimentos. Ambos participaram das Lives Capitais, entrevistas ao vivo conduzidas pela CAPITAL ABERTO. 

Analistas de crédito? 

De acordo com Simas, hoje o trabalho do analista de empresas está mais parecido com o de um analista de crédito. A fim de fotografar as condições atuais das empresas, é necessário fazer um minucioso escrutínio da posição de crédito das companhias — assim é possível mensurar a possibilidade de ruptura do negócio.  

Fato é que a crise desencadeada pela pandemia de covid-19 escancarou as dificuldades de muitas companhias abertas que, embora tenham sido atingidas por uma situação de magnitude inédita, já apresentavam problemas estruturais de gestão ou não desenvolveram uma cultura sustentável. Outras, em contrapartida, por terem se preparado adequadamente nos últimos anos em termos de modelo de negócio, cultura corporativa e administração eficiente, conseguem atravessar melhor a turbulência. “Vemos que há empresas operando apenas no modo sobrevivência, enquanto outras podem até ampliar sua participação de mercado”, observa Alperowitch, que vê grandes chances de uma consolidação de mercados em 2021. 

Um exemplo prático dessa perspectiva de consolidação: mesmo integrando um setor muito atingido pela pandemia, a locadora de veículos Localiza pode acabar elevando de maneira expressiva sua participação de mercado. A companhia concorre com centenas de pequenas locadoras duramente afetadas pela paralisação do turismo e que têm grandes chances de quebrar. Assim, a Localiza poderia abarcar esses mercados na retomada, além de comprar as frotas de empresas pequenas que precisam fazer caixa rapidamente. “Em vários setores a crise pode reduzir a concorrência e gerar oportunidades para quem está preparado”, afirma Simas, da Dynamo. 

Seleção natural 

Tanto Simas quanto Alperowitch concordam que avaliar os prejuízos da crise nos setores como um todo pode não ser recomendável, principalmente porque as empresas são impactadas de maneiras diferentes, a depender de sua resiliência particular. Isso é notório no varejo, por exemplo, um dos segmentos da economia mais afetados pela pandemia. 

“As crises anteriores mostraram que há uma espécie de seleção natural das companhias. Muitas empresas que hoje estão no mercado são sobreviventes do passado”, lembra o sócio-diretor da Dynamo. Em comum, elas têm administrações eficazes, fortes laços com as redes de fornecedores, fidelidade de clientes e uma cultura saudável de relacionamento com os colaboradores, além de um bom modelo de negócio. 

Na atual circunstância, uma empresa simboliza bem essa ideia: a Lojas Renner, integrante do ramo de varejo de vestuário, fortemente prejudicado pela pandemia. “A companhia tem sido muito consistente na manutenção de uma boa relação com sua rede de fornecedores, uma cadeia produtiva que ficou fortemente debilitada pela crise atual”, afirma Simas. Com esse tipo de atitude, quando a situação se acalmar, a Renner terá estreitado laços de parceria que provavelmente vão beneficiar a sua operação. 

A varejista também decidiu, em março, fechar todas as suas unidades como medida de proteção de seus colaboradores e clientes e se comprometeu a não demitir. Com essas ações, avalia Alperowitch, a Lojas Renner tende a angariar a lealdade de seus fornecedores, a diminuir o turnover e a reforçar a imagem de uma empresa responsável — bem em linha com a crescente demanda de investidores mundo afora por ativos que sigam os princípios ESG (sigla em inglês para aspectos ambientais, sociais e de governança).  

ESG de verdade 

No pós-crise, por sinal, o verdadeiro ESG — aquele incorporado à cultura corporativa e não mera peça de marketing — pode fazer a diferença na avaliação de companhias para investimento. “Mas é importante que as análises tenham como base o longo prazo e as mudanças culturais internas que façam as empresas serem realmente sustentáveis”, ressalta Alperowitch, alertando para a necessidade de uma interpretação adequada de levantamentos que mostram que ativos ESG têm um desempenho melhor que os tradicionais. “Muitas dessas análises hoje podem estar enviesadas pelo recorte de curto prazo.” 

Ainda comentando a sustentabilidade das empresas, o diretor da Fama observa que a crise decorrente da pandemia vai evidenciar quem leva a sério os princípios ESG. O raciocínio é simples. É fácil para uma companhia dizer que é sustentável quando não há um dilema econômico envolvido. “ESG custa dinheiro. Então, nesse momento, veremos quais são as empresas realmente engajadas no processo. Nos orgulhamos das atitudes de companhias do nosso portfólio. A M. Dias Branco contratou durante a crise, enquanto a Arezzo passou a produzir máscaras.” 

Instabilidade política 

A instabilidade política, ingrediente adicional da crise no Brasil, na avaliação de Simas e Alperowitch, entra mais como um pano de fundo do trabalho de análise de empresas, concentrado em aspectos microeconômicos. Ademais, como lembra Alperowitch, nas últimas décadas as empresas brasileiras enfrentaram tantas mudanças político-econômicas —impeachments, planos de estabilização da moeda, hiperinflação, recessão — que esses obstáculos acabaram cristalizando bons administradores. 

“É muito mais difícil liderar uma empresa no Brasil do que em um outro país mais estável. E isso, ao longo do tempo, gerou administradores espetaculares, tarimbados para enfrentar esse novo desafio imposto pela pandemia”, ressalta o diretor da Fama. Não por acaso, está nesse tipo de liderança a chave da resiliência que os gestores de recursos tanto valorizam nas companhias abertas. 


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