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Liderança alemã dá mau exemplo em governança

No final de janeiro, a assembléia de acionistas da ThyssenKrupp AG aprovou uma mudança estatutária contrária às recomendações do código de governança da Alemanha: foi concedido o direito perene da Fundação Krupp, principal acionista com 25,1% das ações, de definir três dos dez membros do conselho supervisor eleito pelos acionistas.

De acordo com o código alemão, é a assembléia geral que tem poderes para aprovar os conselheiros, que devem representar os interesses de todos os acionistas e não apenas de um grupo específico. O caso ganhou notoriedade pelo fato de a proposta ter sido defendida pelo presidente do conselho supervisor da ThyssenKrupp, Gerhard Cromme, que, além de uma das principais lideranças corporativas da Alemanha, é simplesmente o presidente da comissão que elaborou o código de governança em 2002.

A iniciativa foi mal recebida pelo mercado e a mídia especializada. De acordo com a revista The Economist, “Gerhard Cromme pratica pouco o que prega”. Cromme, ex-diretor da companhia e com laços de longa data com a Fundação Krupp, se defendeu argumentando que a concessão do direito perpétuo de indicação de conselheiros para a Fundação Krupp iria aprimorar a transparência da companhia, já que deixaria claro quais seriam os conselheiros apoiados pela Fundação.

A mudança estatutária da ThyssenKrupp foi aprovada com 78,9% dos votos presentes. De acordo com o website da ISS, alguns grandes investidores alemães votaram a favor da proposta da direção da companhia por temerem contrariar Cromme, que tem assento em outros nove conselhos supervisores de grandes companhias alemãs.

A decisão dificilmente será revertida, já que são necessários 3/4 do total de ações para nova mudança de regras (exigindo que a própria Fundação votasse contra a matéria). Alguns analistas associaram a medida a um aumento da defesa da ThyssenKrupp contra uma eventual aquisição hostil. Se os três representantes da Fundação no conselho se aliarem aos representantes dos empregados, os mesmos passarão a ter maioria nas decisões para barrar um takeover.


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