Os ativistas das boas práticas de governança nos Estados Unidos têm um novo alvo: as consultorias de remuneração de executivos, contratadas, geralmente, para assessorar os comitês de remuneração dos conselhos de administração.
No início de novembro, uma coalizão de 13 grandes fundos de pensão norte-americanos com cerca de US$ 850 bilhões sob gestão enviou cartas aos presidentes dos comitês de remuneração das 25 maiores empresas do Standard & Poor’s (S&P 500) solicitando a divulgação de mais informações sobre essas consultorias.
Mais especificamente, eles queriam saber se os seus con- sultores prestam outros serviços para as companhias. Em tese, isso poderia levar a uma situação de conflitos de interesses e ajudar a inflacionar a remuneração dos executivos.
Na carta enviada, os fundos solicitam que as empresas respondam a duas perguntas:
1) se a consultoria de remuneração presta outros serviços para a empresa;
2) se a empresa possui uma política formal que proíba a prestação de múltiplos serviços.
Diz o texto: “múltiplos relacionamentos de negócio podem comprometer a independência da recomendação ao comitê de remuneração, pondo em risco a confiança dos acionistas”.
Por fim, o documento afirma que a preocupação dos investidores institucionais é análoga à da independência dos auditores que realizavam, simultaneamente, atividades de consultoria — pauta discutida nos últimos anos nos Estados Unidos durante a elaboração da Lei Sarbanes-Oxley.
A SEC também se interessa pelo tema, já que passou a exigir, a partir deste ano, que as companhias listadas no país divulguem os nomes das suas consultorias de remuneração (sem exigir, entretanto, a menção dos valores pagos e a relação dos outros serviços eventualmente prestados por essas empresas).
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