Uma pesquisa divulgada em março pela empresa de recrutamento e seleção de executivos JamesDruryPartners mostrou uma forte diminuição na participação de CEOs de grandes empresas norte-americanas como conselheiros de outras companhias, nos últimos 16 anos. O estudo analisou a composição dos conselhos de administração das 500 empresas do índice Fortune 500, entre 1990 e 2006. Como principal resultado, o trabalho constatou que, atualmente, pouco mais da metade dos CEOs ocupa cargos de conselheiros de outras companhias, uma queda de cerca de 53% em relação a 1990.
Além disso, entre os CEOs com esse perfil, observou-se uma redução de 36% no número de assentos, com a média de conselhos por CEO caindo de 2,2 para 1,4. Três grandes fatores parecem explicar o cenário: 1) maior pressão dos investidores por melhores práticas de governança, exigindo órgãos mais diversificados e independentes (evitando o aspecto de “clube de altos executivos”); 2) maior exigência por resultados, aumentando a necessidade de os CEOs focar toda a atenção na condução de suas empresas; e 3) maior pressão dos órgãos reguladores sobre possíveis passivos legais, tornando os CEOs mais relutantes em aceitar indicações para participação em outros conselhos. A JamesDruryPartners, entretanto, considera o resultado geral negativo para o ambiente corporativo norte-americano, ao afirmar num press release que, “desde 1990, 418 assentos nos conselhos das grandes empresas norte-americanas deixaram de ser ocupados por importantes líderes de negócios”. Ainda de acordo com o ponto de vista dos pesquisadores, a soma dos três fatores acima “têm levado as empresas norte-americanas a perderem alguns dos seus conselheiros mais experientes e influentes, que trazem uma fonte vital de conhecimento do mundo real para a tomada de decisões”.
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