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Brasil tem desempenho pífio em avaliação de governança
A agência de rating de governança corporativa Governance Metrics International (GMI) divulgou em setembro os resultados de sua avaliação anual, com a análise de 3.800 empresas de todo o mundo. Pela primeira vez foram incluídas 321 companhias de 25 países emergentes com capitalização de mercado mínima de US$ 750 milhões. O rating usou cerca de 400 métricas para a pontuação, classificadas numa escala de 1 a 10. Com um resultado pífio, o Brasil ficou em 41º lugar entre os 45 países que tiveram mais de uma empresa avaliada (rating médio de 3,23).

Foram avaliadas 23 empresas brasileiras, três das quais receberam pontuação igual a 1 (menor rating de governança possível). Os únicos países com notas inferiores ao Brasil foram China, Grécia, Coréia do Sul e Egito. Por outro lado, o Brasil apresentou um rating médio de governança abaixo de países como África do Sul, Peru, Argentina, Tailândia, Filipinas, Turquia, México, Rússia, Índia e Indonésia.

O press release oficial da GMI apresenta, inclusive, um caso brasileiro entre os exemplos mais gritantes de práticas inadequadas. Trata-se de uma empresa de aço em que os cargos de CEO, CFO e presidente do conselho foram ocupados, durante três anos e até pouco mais de um mês atrás, pela mesma pessoa. Além disso, segundo a GMI, a companhia realizou operações com partes relacionadas à família do presidente do conselho no valor de US$ 130 milhões, e ainda contratou um banco controlado pela mesma família para gerir fundos de investimento.

Consultada pela Capital Aberto, A GMI negou-se a confirmar o nome da empresa em questão. Mas enviou a lista das 23 brasileiras, em que apareciam as siderúrgicas CSN, Gerdau e Usiminas. Conforme as informações públicas das três companhias, a CSN é a única em que o principal executivo, Benjamin Steinbruch, exercia as três funções mencionadas pela GMI. A consultoria informou também que as duas companhias brasileiras mais bem colocadas foram Braskem e Unibanco, únicas a apresentar um rating de governança similar à média global.

A média dos países emergentes foi de 4,3 — inferior à média geral, de 6,5. Apenas duas companhias de países emergentes (uma de Taiwan e outra da África do Sul) obtiveram pontuação acima de 7,5. A África do Sul foi considerada um dos poucos destaques entre os emergentes, com uma qualidade média das práticas de governança superior à de países desenvolvidos como Alemanha, Espanha e Suécia.

 


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