Pesquisar
  • Captação de recursos
  • Gestão de Recursos
  • Fusões e aquisições
  • Companhias abertas
  • Governança Corporativa
  • Sustentabilidade
Menu
  • Captação de recursos
  • Gestão de Recursos
  • Fusões e aquisições
  • Companhias abertas
  • Governança Corporativa
  • Sustentabilidade
Assine
Pesquisar
Fechar
Fundos de private equity são alternativa de smart money
Pesquisas mostram quais características os investidores buscam nas empresas
  • Andrea Minardi
  • maio 22, 2020
  • Captação de recursos, Explicando
  • . fundo de investimento, Coronavírus, private equity
O que buscam os investidores de private equity

Ilustração: pch.vector / Freepik

Predominam na economia brasileira as pequenas e médias empresas. Apesar de muitas serem bem geridas, resilientes e capazes de crescer num ambiente volátil e desafiador, necessitam de novos processos e controles para superar crises como a gerada pela pandemia de covid-19, assim como para adaptar seu modelo a uma escala maior, sem perda de qualidade. 

Além de fazerem o aporte de capital, fundos de private equity (PE) podem auxiliar o empresário na superação da turbulência, no reposicionamento pós-crise e na preparação da empresa para um crescimento sustentável. Fundos de PE compram participação acionária de empresas com intuito de criar valor enquanto acionista e vendê-la após um período de quatro a cinco anos numa avaliação maior. Participam do conselho de administração, auxiliando o time de gestão na implementação de processos gerenciais e de controle.   

Numa pesquisa da Ártica, Insper e Endeavour¹, dos 46 empresários entrevistados que receberam investimento de PE, apenas um respondeu que não recomendaria esse tipo de sociedade a outros empresários. As contribuições oferecidas pelo fundo mais citadas foram profissionalização de gestão e processos, governança e atração de talentos. Outras também mencionadas foram acesso a outras fontes de capital, condução de IPO (oferta pública inicial de ações), parcerias e networking com outras empresas investidas, disciplina, visão estratégica e visibilidade.    

Numa segunda pesquisa, Ártica e Insper², com o intuito de orientar as empresas que buscam recursos de PE a se prepararem melhor para o investimento e aumentarem sua atratividade, entrevistaram por formulário online 42 gestoras de PE atuantes no Brasil. As gestoras segmentam-se de acordo com o porte de empresas de interesse: algumas se concentram em pequenas e médias, geralmente com mais informalidade e menos processos estabelecidos, realizando investimentos menores; outras focam em empresas médias e grandes, investindo montantes maiores.   

As gestoras também se dividem em preferência por adquirir controle acionário e por comprar participação minoritária. Quanto maior a faixa de tamanho alvo, maior tende a ser a participação acionária desejada. Há, entretanto, flexibilidade quanto à participação acionária a ser adquirida. Assim, o empresário que quer se manter no controle pode tentar negociar essa possibilidade até com uma gestora que prefira aquisição majoritária, e vice-versa. Além disso, mesmo as gestoras que preferem controle geralmente desejam manter a gestão corrente, o que pode permitir ao empresário que vende o controle continuar conduzindo sua empresa após o ingresso do fundo. 

 Empresas com faturamento entre 100 milhões e 200 milhões de reais e Ebitda entre 20 milhões e 80 milhões de reais estão dentro da faixa alvo de 70% das gestoras. Apesar de haver restrição ao investimento em empresas que vendem para o governo, se este representar menos do que 25% das vendas, 86% das gestoras entrevistadas considerariam a compra. A maior parte das gestoras no Brasil é agnóstica quanto a setor, sendo poucas as especializadas.    

Potencial de crescimento e governança em private equity

A tese de investimento predominante é crescimento, tanto orgânico como por aquisição e consolidação. Em linha com essa tese, crescimento consistente e histórico de alta rentabilidade (Roic) são muito valorizados, assim como o potencial de crescimento orgânico. As maiores gestoras valorizam muito a reputação da empresa e do empresário, e as menores valorizaram mais planos de negócios sólidos e bem desenvolvidos e potencial de captura de valor via melhorias operacionais e de gestão. 

Informações gerenciais bem organizadas compõem o item de governança mais valorizado. Sua ausência foi considerada como dealbreaker por mais que 80% das gestoras. Conselho de administração constituído e conselheiro independente foi um ponto considerado menos importante. O fato de a empresa ser auditada é muito valorizado por gestoras maiores, mas é menos importante para as menores, que atribuem mais valor à condição de a empresa ser auditável e ter uma diretoria estruturada e profissionalizada. 

Fundos de PE valorizam o monitoramento de KPI (indicador-chave de desempenho), por permitirem o acompanhamento da execução do planejamento estratégico e da evolução do desempenho, assim como empresas com ERP (sistema de planejamento de recursos da empresa) e contabilidade interna. O conhecimento e o relacionamento não concentrados em um único acionista é um ponto muito bem visto pelas gestoras, enquanto processos formais estabelecidos e management não acionista são menos valorizados. 

Alinhamento entre os sócios de PE

Os aspectos societários mais valorizados são alinhamento entre sócios sobre a entrada do fundo e clareza sobre quais sócios permanecerão no negócio, além de um bom entendimento a respeito de como a sociedade impactará a operação. Os desalinhamentos por saída são mais comuns no modelo minoritário, no qual o fundo depende da concordância do empreendedor para conseguir vender a empresa. Consistentemente, gestoras menores valorizam bastante que a empresa tenha clareza sobre a necessidade de saída e de liquidez por um fundo.   

As práticas irregulares de gestão que preocupam mais os fundos são informalidade na receita, descumprimento de determinações regulatórias — provavelmente por receio de incorrerem em perda de receita numa futura formalização — e paralisação da operação, no caso de riscos regulatórios. Contingências tributárias e trabalhistas, embora preocupem, têm menor probabilidade de inviabilizar uma operação. Das gestoras entrevistadas, 71% responderam que não considerariam o investimento em empresas que se envolveram em casos de corrupção, mas esse percentual cai para 37% caso essa prática fique restrita a poucas pessoas, que já tenham sido afastadas da empresa. Atenuantes como acordo de leniência ou isenção de culpa dos acionistas foram menos valorizados. 

A contratação de advogados de banca renomada, assim como de assessor de instituição financeira reconhecida, ambos com ampla experiência em fusões e aquisições e contribuindo com inputs técnicos às discussões, são preferidas pela maioria das gestoras em relação a alternativas de advogado e assessor financeiro de confiança do dono, com acesso a percepções pessoais e com inputs qualitativos às discussões. Uma preparação prévia contábil, financeira e legal da empresa para passar por uma diligência do fundo é valorizada por 87% das gestoras. 

A parceria com um fundo de PE pode ser muito benéfica para a empresa.  Como em geral é inviável cumprir todos os pontos desejáveis para se preparar para um fundo, é necessário entender quais são os fatores mais valorizados pelas gestoras e, assim, priorizar esforços. O relacionamento com um fundo de PE é análogo a um casamento, com tomada de decisão compartilhada, envolvendo constantes discussão e negociação. Mesmo os fundos minoritários incluem no acordo de acionistas mecanismos que permitem influenciar na gestão. 

Assim, deve-se fazer um processo de seleção estruturado, que envolva alternativas, e ser diligente na escolha do futuro sócio, triangulando diferentes fontes de informações a respeito dos gestores para tomar a decisão final, e não escolher o parceiro apenas pela melhor oferta.   


Andre Minardi

Andrea M. A. F. Minardi ([email protected]) é professora Senior Research Fellow do Insper. Co-autoria de Diego Batista ([email protected]), sócio fundador e vice-presidente da Ártica Investimentos, e Luiz Penno ([email protected]), fundador e managing partner da Ártica Investimento 


Notas

¹Ártica, Insper e Endeavour (2018). “Empresas Investidas por Fundos de Private Equity no Brasil.  Lições Aprendidas”. Disponível em https://www.insper.edu.br/wp-content/uploads/2018/09/Empresas-Investidas-por-PE-Brasil-white-paper.pdf 

²Ártica, Insper (2020). “Atraindo Investimentos de Private Equity: o que as Gestoras mais Valorizam em suas Avaliações”. Disponível em https://www.insper.edu.br/wp-content/uploads/2020/04/Whitepaper-Atraindo-Investimentos-de-Private-Equity-%C3%81rtica-e-Insper.pdf 


Leia também

ETFs, um dos grandes sucessos desta crise, atesta CEO da BlackRock

Pandemia abre espaço para primeiras assembleias digitais

Aumenta concentração acionária nos Estados Unidos


private equity


Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.

Quero me cadastrar!

Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.

Quero conhecer os planos

Já sou assinante

User Login!

Perdeu a senha ?
This site is protected by reCAPTCHA and the Google
Privacy Policy and Terms of Service apply.
Você está lendo {{count_online}} de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês

Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.

Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais

Quero conhecer os planos


Ja é assinante? Clique aqui

acompanhe a newsletter

todas as segundas-feiras,
gratuitamente, em seu e-mail

Leia também

Mercado privado se mobiliza para criar portas de saída para o investidor

Miguel Angelo

O atavismo na reforma da Lei das Estatais

Nelson Eizirik

As consequências inflacionárias das rupturas provocadas pela pandemia

Evandro Buccini

acompanhe a newsletter

todas as segundas-feiras, gratuitamente, em seu e-mail

Leia também

Mercado privado se mobiliza para criar portas de saída para o investidor

Miguel Angelo

O atavismo na reforma da Lei das Estatais

Nelson Eizirik

As consequências inflacionárias das rupturas provocadas pela pandemia

Evandro Buccini

Agência de rating acusa empresas de moralwashing ao tratar de Rússia

Redação Capital Aberto

Os aspectos culturais e comportamentais dos boards de “ouro”

Redação Capital Aberto
AnteriorAnterior
PróximoPróximo

mais
conteúdos

Iniciativas dedicadas a combater o segundo maior vilão do aquecimento global ganham força, inclusive no Brasil

Metano entra no radar de investidores e governos

Miguel Angelo 24 de abril de 2022
ESG: Em pesquisa feita pela Harris Pool, 60% dos executivos admitem que suas companhias praticaram greenwashing

ESG de mentira: maioria de executivos admite greenwashing

Carolina Rocha 24 de abril de 2022
Evandro Buccini

O crédito para empresas no contexto de juros em alta

Evandro Buccini 24 de abril de 2022
A intrincada tarefa de regular criptoativos

A intricada tarefa de se regular os criptoativos

Erik Oioli 24 de abril de 2022
Guerra na Ucrânia incentiva investidores a tirar capital da China e direcionar recursos para outros emergentes

Dinheiro estrangeiro busca a democracia e aterrissa no Brasil

Paula Lepinski 24 de abril de 2022
O que muda para as fintechs com as novas regras do Banco Central

O que muda para as fintechs com as novas regras do Banco Central

Pedro Eroles- Lorena Robinson- Marina Caldas- Camila Leiva 20 de abril de 2022
  • Quem somos
  • Acervo Capital Aberto
  • Loja
  • Anuncie
  • Áudios
  • Estúdio
  • Fale conosco
  • 55 11 98719 7488 (assinaturas e financeiro)
  • +55 11 99160 7169 (redação)
  • +55 11 98719 7488 (cursos e inscrições | atendimento via whatsapp)
  • +55 11 99215 9290 (negócios & patrocínios)
Twitter Facebook-f Youtube Instagram Linkedin Rss
Cadastre-se
assine
Minha conta
Menu
  • Temas
    • Bolsas e conjuntura
    • Captações de recursos
    • Gestão de Recursos
    • Fusões e aquisições
    • Companhias abertas
    • Legislação e Regulamentação
    • Governança Corporativa
    • Negócios e Inovação
    • Sustentabilidade
  • Conteúdos
    • Reportagens
    • Explicando
    • Coletâneas
    • Colunas
      • Alexandre Di Miceli
      • Alexandre Fialho
      • Alexandre Póvoa
      • Ana Siqueira
      • Carlos Augusto Junqueira de Siqueira
      • Daniel Izzo
      • Eliseu Martins
      • Evandro Buccini
      • Henrique Luz
      • Nelson Eizirik
      • Pablo Renteria
      • Peter Jancso
      • Raphael Martins
      • Walter Pellecchia
    • Artigos
    • Ensaios
    • Newsletter
  • Encontros
    • Conexão Capital
    • Grupos de Discussão
  • Patrocinados
    • Blanchet Advogados
    • Brunswick
    • CDP
    • Machado Meyer
  • Cursos
    • Programe-se!
    • Cursos de atualização
      • Gravações disponíveis
      • Por tema
        • Captação de recursos
        • Funcionamento das cias abertas
        • Fusões e aquisições
        • Gestão de recursos
        • Relações societárias
    • Cursos in company
    • Videoaulas
    • Webinars
  • Trilhas de conhecimento
    • Fusões e aquisições
    • Funcionamento de companhia aberta
  • Loja
  • Fale Conosco

Siga-nos

Twitter Facebook-f Youtube Instagram Linkedin Rss

APROVEITE!

Adquira a Assinatura Superior por apenas R$ 0,90 no primeiro mês e tenha acesso ilimitado aos conteúdos no portal e no App.

Use o cupom 90centavos no carrinho.

A partir do 2º mês a parcela será de R$ 48,00.
Você pode cancelar a sua assinatura a qualquer momento.

quero assinar