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Tudo em equipe
Uma turma afinada, comprometida e antenada com o que acontece aqui e lá fora está por trás do arrojo que caracteriza a área de RI do Itaú

, Tudo em equipe, Capital AbertoSe existe um conceito básico de recursos humanos que os funcionários da área de RI do Itaú conhecem bem é o trabalho em equipe. E nem poderia ser diferente. Coeso, o grupo tem apenas cinco pessoas, incluindo o superintendente e o gerente. Todo mundo faz de tudo, embora exista uma regrinha subliminar de que o membro mais recente seja eleito para as tarefas mais operacionais, seja ele júnior ou sênior. O objetivo é fazer com que cada profissional conheça o trabalho de RI em todas as suas dimensões e logo se incorpore ao ritmo frenético do time. Afinal, quando se atende a demandas de acionistas, diretores e investidores o tempo todo, é quase tudo “para ontem”.

A equipe conta com o respaldo de um nome de peso dentro do banco: Alfredo Setubal, vice-presidente executivo do grupo e também diretor de Relações com Investidores. Junto com o superintendente de RI Geraldo Soares, ele assume a linha de frente da comunicação do banco com o mercado de capitais. Em alguns casos, o grupo conta também com a participação ativa do diretor executivo de controladoria, Silvio de Carvalho; e do CEO, Roberto Setubal.

Enquanto os executivos participam das reuniões com os investidores no Brasil e no exterior — só no primeiro semestre deste ano foram 14 “Apimecs”, além das conference calls —, a equipe de suporte atende às demandas internas e mantém a antena ligada o tempo todo no mercado mundial e nas práticas de RI adotadas pela concorrência. E os analistas percebem a diferença. “Se eu precisar antecipar uma informação e ligar para o Geraldo às 6h45 da manhã, sei que ele vai me atender”, conta Lia da Graça, do Banif.

A informalidade característica da área chegou antes mesmo das mudanças propostas recentemente pelo presidente Roberto Setubal no sentido de diminuir a hierarquia rigorosa que imperava no banco. “O ‘Doutor Roberto’ descobriu que tinha mais doutores do que pacientes naquele hospital”, brinca a analista do Banif. Em RI, porém, esses símbolos já não existiam, graças ao ritmo imposto por Soares. Ali, nunca teve essa de hierarquia. O relacionamento é aberto e os profissionais tornaram-se amigos pessoais. É verdade que o superintendente tem sua própria sala. Mas as paredes são de vidro, a porta está sempre aberta e qualquer um pode entrar quando quiser.

SEM BUROCRACIA — O site de RI, que já recebeu vários prêmios, é o meio de comunicação mais completo e ágil desenvolvido pelos “meninos” do Itaú (a única mulher da turma é a secretária). Por meio de um sistema criado pelo departamento de tecnologia do banco, as informações são todas abastecidas em tempo real por algum funcionário da equipe, sem burocracia. Todos sabem utilizar o software para publicar o que for necessário. Graças a isso, os fatos relevantes, atas de reuniões do conselho de administração e assembléias gerais, avisos ao mercado e comunicados são disponibilizados no site em até cinco minutos após o envio às autoridades. Além do conteúdo on-line, a área produz um informativo trimestral para acionistas, chamado Ações Itaú em Foco. Cada edição é produzida por um funcionário diferente, em esquema de rodízio. Neste ano, também foram lançados um manual de assembléia, para orientar os acionistas sobre os temas a serem tratados no encontro, e uma política de governança corporativa, tema que está sob a responsabilidade da equipe.

No organograma do banco, o RI está abaixo da controladoria. Para Geraldo Soares, que saiu dessa área para montar a estrutura de Relações com Investidores em 1999, a proximidade direta com os “detentores dos números” acelera a obtenção de informações. Sociólogo de formação, Soares lembra que a dinâmica do mercado de capitais exige um trabalho extremamente ágil. Outros dois funcionários da turma também vieram da controladoria.

Ser cria da casa, aliás, é uma característica dos titulares da equipe de RI. Um deles é o gerente Fernando Foz Macedo, 35, que ingressou no Itaú como estagiário na tesouraria há 12 anos e está em RI desde 2004. Ele e Soares haviam trabalhado juntos no passado, no departamento de custos, quando já atendiam investidores e faziam estudos de mercado, antes mesmo da formação da área de RI. “Para estar nessa área, é preciso ter duas características importantes: conhecer o banco profundamente, da estratégia aos números, e ser extremamente comunicativo”, diz Macedo, economista e advogado de formação.

Quem também saiu da controladoria é o analista Anderson Lopes. Depois de Soares, ele é o mais antigo na turma. Formado em economia, com MBA em RI pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI) e apenas 27 anos de idade, Lopes conta com uma experiência e uma visibilidade na instituição surpreendentes para sua idade. Em contato constante com a diretoria, ele circula pelo banco com facilidade e tem ampla visão da corporação. Maurício Werneck também tem 27 anos. Oriundo do departamento comercial — onde era gerente de contas do Personnalité, segmento voltado a clientes de alta renda — é formado em administração de empresas. Há três anos, atua na área de Relações com Investidores. Para Werneck, é clara a diferença entre as duas áreas: “Hoje, em RI, vejo o banco como um todo, tenho uma visão muito mais completa do negócio no longo prazo”, diz ele.

O mais novato da equipe é Wagner Carpi. Ele tem a mesma idade dos seus colegas analistas, mas está há apenas três meses no time. Passou um ano na área de informações gerenciais do BankBoston, adquirido em 2006 pelo Itaú, e conta que sempre teve vontade de atuar em Relações com Investidores. Na primeira oportunidade, inscreveu-se no programa de recrutamento interno do banco para uma vaga no departamento e foi aprovado. “Confesso que, quando cheguei aqui, fiquei meio perdido com essa dinâmica de não ter funções específicas. Hoje, três meses depois, já conheço bem os projetos da área e sei os objetivos”, diz.

Outra particularidade dessa equipe são as raras reuniões formais. Quando alguém tem algo a dizer, vai até a mesa do outro e discute. A equipe de Soares tampouco cultua o hábito, comum no mundo corporativo moderno, de conversar por e-mail com o colega do lado. Para sintonizar as prioridades e os projetos em andamento, o líder faz reuniões informais rápidas, geralmente no início da manhã. Com afinidade e entusiasmo, essa equipe já faz história na curta trajetória de profissionalismo das áreas de RI no Brasil. Eles são competitivos, fazem questão de sair na frente e estão sempre buscando uma forma de se diferenciar. Não é para menos que tem sempre alguém espichando o olho para ver a última “moda” inventada pelos “meninos” do Itaú.


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