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Mais lucro com menos dinheiro
Difusão de cartões como forma de pagamento impulsiona os números da Redecard

, Mais lucro com menos dinheiro, Capital AbertoA operadora de cartões de crédito e débito Redecard comemorou em julho dois anos do IPO realizado em uma sexta-feira 13, provando que a sorte fica abaixo da competência no mercado de capitais. A companhia não só sabe criar valor como também realizou a façanha de dobrar o valor econômico adicionado (EVA, na sigla em inglês) entre 2007 e 2008, para R$ 650 milhões. Única dentre as empresas com valor de mercado acima de R$ 15 bilhões a superar a mediana da categoria em todos os quesitos avaliados pelo ranking As Melhores Companhias para os Acionistas 2009, a companhia vem surpreendendo o mercado com seus resultados trimestre após trimestre. Como se não bastasse, a distribuição de dividendos, estipulada em 40% pelo seu , Mais lucro com menos dinheiro, Capital Abertoestatuto social, tem oscilado entre 90% a 95% desde a abertura de capital.

“A empresa deu um show no ano passado e continua dando neste ano”, afirma Laura Lyra Schuch, analista da Ativa Corretora. A fórmula do sucesso conjuga cenário econômico favorável, potencial de crescimento da indústria de cartões, gerenciamento de custos e despesas, e inovação em produtos e atendimento.

Uma das companhias líderes da indústria de cartões de pagamento no mercado brasileiro, credenciadora das bandeiras MasterCard e Diners Club International no Brasil, dentre outras, a Redecard foca o seu crescimento prioritariamente em três vertentes: a substituição de cheque e dinheiro pelos meios eletrônicos de pagamento, a crescente adesão da população de baixa renda às contas bancárias, e o aumento do consumo.

No Brasil, plásticos representam 22% do consumo, com potencial de chegar a 45% em menos de dez anos

O uso ainda pouco difundido dos plásticos sugere a amplitude do potencial de desenvolvimento da indústria no Brasil. As transações de crédito e débito representam somente 22% do consumo no Brasil, enquanto nos Estados Unidos essa relação é de 45%, e, na França, chega a 60%. Para Roberto Medeiros, presidente da Redecard no Brasil, em até sete anos, os brasileiros deverão equiparar-se aos norte-americanos quanto ao uso de cartões de crédito. Laura, da Ativa Corretora, vislumbra uma evolução mais lenta, mas não menos promissora. “Essa relação evolui em 2% por ano, sugerindo que em 2018 nossa indústria vai atingir os 45%”, afirma.

As perspectivas são, com razão, animadoras. Mas a Redecard não se contenta somente com isso. Também busca uma fatia maior do mercado e administra todos os gastos de forma a manter a última linha do balanço sempre em ascensão, diz Viviane Behar, diretora de relações com investidores da companhia. A receita operacional líquida subiu 26,5% em 2008 em comparação a 2007, passando de R$ 2,04 bilhões para R$ 2,58 bilhões. Já o lucro líquido recorrente, que desconsidera eventos extraordinários, deu um salto de 43,4% no período, de R$ 769,4 milhões para R$ 1,10 bilhão, com um incremento de cinco pontos percentuais na margem líquida.

Quando fala de otimização dos custos, Viviane se refere à revisão de processos e ao investimento em tecnologia da informação para a redução de interação humana e, portanto, das chances de erros e fraudes. Segurança é prioridade. Assim, a companhia acredita oferecer conforto aos clientes, que levam, de quebra, uma dose de inovação. A Redecard foi a primeira a antecipar recebíveis aos estabelecimentos comerciais em caso de compras parceladas, a colocar no mercado a máquina de pagamento sem fio, a lançar pagamento via internet e celular e, mais recentemente, a primeira no Brasil a ter a certificação PCI DSS, sigla em inglês para payment card industry data security standard, que representa os mais altos padrões de segurança.

Por enquanto, a única dor de cabeça da Redecard é a volatilidade gerada pela iminente regulamentação do setor, refletida no preço das ações nos últimos meses. A possibilidade de aprovação de projetos de lei que obrigariam o compartilhamento da rede de distribuição entre as credenciadoras poderá causar perda significativa de market share. As estimativas de Laura, da Ativa Corretora, para a Redecard incorporam um cenário mais pessimista a partir de junho de 2010, quando a concorrência no setor se intensificará por conta do fim do acordo de exclusividade entre a Visanet e a bandeira Visa.

Medeiros prefere ressaltar o lado bom da concorrência. O presidente repete o tradicional discurso de que o avanço de competidores torna os funcionários mais criativos ao tirá-los da zona de conforto. Com isso, o cliente ganha qualidade de produtos e soluções, o que, por sua vez, ajudaria os estabelecimentos comerciais a aumentarem suas vendas. “No fim, todo o mundo se beneficia. Concorrência é um fator só positivo”, assegura.

O risco regulatório existirá até que se definam as regras. A previsão era de que as diretrizes fossem apontadas no dia 30 de setembro, em relatório final produzido pelo Banco Central. Depois de resolvida essa questão, a Redecard espera que os ânimos do mercado se acalmem, para que o valor em bolsa faça jus ao resultado entregue aos acionistas.


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