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Escassez de CRIs no mercado atinge o investidor pessoa física
 

Os investidores pessoa física vêm tendo dificuldades para comprar Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Não nos referimos aqui aos investidores de varejo, que se beneficiaram recentemente com incentivos fiscais e mudanças na regulação para ter acesso aos certificados, mas sim aos chamados qualificados — aqueles que dispõem de R$ 300 mil para investir em um único papel título.

Na opinião de especialistas do setor, as novas regras da CVM e a forte demanda das tesourarias dos bancos seriam a principal razão para a escassez do papel. Para Pedro Klumb, da consultoria de serviços financeiros imobiliários MSFI, a Instrução 443, lançada em dezembro do ano passado, encareceu a estruturação dos CRIs, reduzindo o número de lançamentos. A nova regra introduziu custos extras como o da contratação de intermediário financeiro para operações acima de R$ 30 milhões, elaboração de prospecto e balanço auditado nos casos em que o risco for mais concentrado. Hoje, pelos cálculos de Klumb, uma emissão precisa ter, no mínimo, R$ 50 milhões para compensar os custos. “Os estruturadores agora levam mais tempo para reunir recebíveis que dêem volume a operações desse patamar”, comenta.

O apetite dos bancos também justifica a dificuldade de acesso das pessoas físicas aos CRIs. Eles são obrigados a investir, no mínimo, 65% dos recursos captados pela poupança no setor imobiliário. Tal exigência os leva a prover financiamento às construtoras ou comprar carteiras de crédito (o que já reduz a oferta para securitização) e, além disso, adquirir CRIs. “A oferta é inferior à demanda e por isso o produto não chega a esse grupo de investidores”, observa Fernando Cruz, da Brazilian Securities.

A Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) confirma os dados. Atualmente, os bancos têm R$ 152 bilhões em poupança, o que significaria cerca de R$ 100 bilhões destinados ao setor imobiliário. A posição atual dos bancos, no entanto, é superior, de R$ 120 bilhões. “A participação dos CRIs ainda é pequena, mas é fato que os bancos têm grande interesse pelas carteiras de crédito”, afirma o superintendente técnico da Abecip, José Pereira Gonçalves.

Os registros concedidos às emissões de CRI pela Comissão de Valores Mobiliários confirmam a redução de oferta observada pelo mercado: foram R$ 38 milhões nos dois primeiros meses deste ano, contra R$ 175,4 milhões no mesmo período de 2006, uma queda de 78%. Mas o mês de março já sinalizou alguma esperança para os investidores individuais de CRIs: foram registrados R$ 225,5 milhões, 90% a mais que o mesmo mês do ano anterior.


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