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Transparência facilitada e a evolução do ISE

Que tal poder ver e comparar as respostas que 34 empresas de alta liquidez na bolsa brasileira dão a quase 400 perguntas sobre suas práticas e políticas para o trinômio meio ambiente-sociedade-governança? A disponibilização de uma inédita ferramenta de transparência marca a implementação da regra segundo a qual a concordância em publicar as respostas dadas ao questionário do processo seletivo é condição essencial para uma empresa integrar a carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da B3.

Com essa ferramenta, é possível, por exemplo, saber quais são as 17 empresas da carteira que têm mulheres nos conselhos de administração ou as quatro que têm negros nessa posição. Pode-se ainda saber que, das 34 empresas integrantes da 12ª carteira do índice, apenas duas publicam demonstrações financeiras atualizadas monetariamente, três as preparam, mas não publicam, 20 fazem esse tipo de acompanhamento apenas por meio de relatórios gerenciais internos e as nove restantes não adotam nenhuma dessas práticas.

Para conhecer esses e muitos outros importantes detalhes das empresas de seu interesse, basta agora aos investidores e a outros stakeholders acessar a área de respostas no site do ISE (http://bit.ly/respostasISE) e navegar pelos questionários. Lá também é possível encontrar muitos comentários das empresas esclarecendo e complementando suas respectivas respostas. Trata-se da abertura de um novo espaço de transparência, com potencial para expandir as possibilidades dessa prática fundamental para o desenvolvimento das empresas e reforçar a segurança de suas partes interessadas. É o coroamento de um processo iniciado em 2012, visando ampliar o valor do ISE para o mercado e a sociedade brasileira em geral.

Nesse mesmo sentido, durante o biênio 2017/2018 está em curso um processo de profunda reflexão sobre os conteúdos do questionário do ISE e sua utilização, tendo como foco não as pequenas especificidades, mas sim uma perspectiva estratégica. Como sempre, a ampla participação de empresas listadas e demais atores sociais é incentivada, visando a representatividade e a qualidade dos debates e de suas conclusões. A rodada inicial ocorreu de janeiro a abril de 2017, com participação de uma dezena de especialistas articulados pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces), parceiro técnico da B3 no ISE, além de cerca de 200 participantes nos workshops e na consulta pública online.

Como resultado dessa primeira fase de debates, 248 contribuições foram catalogadas. De maio a dezembro deste ano, o GVces sistematizará e aprofundará essas contribuições, levando para discussões adicionais com públicos específicos as principais propostas resultantes, que poderão vir a ser incorporadas ao ISE em 2018. Considerando a reconhecida importância do questionário ISE como referência na agenda da sustentabilidade empresarial para as companhias brasileiras, pode-se dizer que as propostas a serem trabalhadas nesse período representam uma síntese das tendências e prioridades do País nesse campo. Para conhecer esse conteúdo, acompanhar os debates e contribuir na construção coletiva dessa agenda, basta acessar o site do ISE.

Ao longo dos próximos meses, este espaço da revista CAPITAL ABERTO tratará de alguns dos mais importantes temas identificados, de forma a compartilhar resultados do debate e ampliar a consulta. Serão debatidos, por exemplo, propostas sobre efetividade de mecanismos de compliance, gestão de riscos relacionados a mudanças climáticas e outros aspectos socioambientais, consideração de externalidades e limites globais no planejamento estratégico e na revisão de portfólios, prevenção e mitigação de impactos e desastres socioambientais, gestão sustentável da inovação e das cadeias de valor e integração da Agenda 2030 e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável à avaliação de resultados e à implementação de políticas e práticas empresariais.

Aguardem os próximos capítulos!


*Por Aron Belinky, coordenador do programa de produção e consumo sustentáveis do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces)

 

, Transparência facilitada e a evolução do ISE, Capital Aberto

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