Após anos de restrições por causa da pandemia, o momento é propício para as empresas financeiras estrangeiras que desejam se expandir na China. Nos últimos meses, o gigante asiático emitiu uma enxurrada de aprovações envolvendo firmas internacionais — a maioria do setor de gestão de ativos.
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As aprovações para bancos e assets globais estabelecerem ou iniciarem operações próprias no país ganharam impulso desde o 20º Congresso do Partido da China, em outubro de 2022, quando Xi Jinping garantiu seu terceiro mandato como presidente. Até então, tais aprovações eram raras e demoradas. A mudança de postura sinaliza o desejo de Pequim de atrair negócios estrangeiros e aumentar a confiança dos investidores.
No dia 19 de janeiro, a J.P. Morgan Asset Management, por exemplo, obteve aprovação para converter uma joint venture existente na China em uma entidade totalmente própria. Já a Schroders, do Reino Unido, obteve aprovação preliminar para estabelecer uma gestora de fundos mútuos. As assets Neuberger Berman e Fidelity International, por sua vez, receberam permissão, no fim do ano passado, para começar a arrecadar dinheiro de investidores de varejo chineses.
As aprovações fazem parte da abertura do mercado financeiro de Pequim. A China descartou um limite de propriedade de 51% para acionistas estrangeiros em empresas financeiras ainda em 2020. Na visão de Harry Handley, associado sênior da consultoria Z-Ben Advisors, a velocidade que as aprovações ganharam nos últimos meses mostra como as coisas mudam rapidamente na China. “A política da Covid é outro exemplo”, disse Handley, à Nikkei Asia, referindo-se à rapidez com que as restrições da política de “Covid zero” foram desmontadas. “Embora esse novo regime de aprovações pareça duradouro por enquanto, mudanças na dinâmica — seja geopolítica ou econômica — podem levar a outra retração no futuro”, alerta o consultor.
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