Se a governança de uma companhia é o resultado das escolhas feitas por seus administradores, este anuário vem com o propósito de exibi-las de forma clara e acessível. Analisadas em conjunto, as informações aqui reunidas sobre as cem empresas de maior expressão na Bolsa de Valores dão boas pistas sobre o caminho que cada uma delas decidiu percorrer.

Por exemplo, se optaram por compor o seu conselho de administração com membros independentes; se criaram comitês de apoio ao conselho; se elaboraram políticas formais para gestão de riscos e contratos com partes relacionadas; se remuneram coerentemente os administradores; se os valores que destinam ao pagamento de conselheiros de administração e fiscais possibilitam atrair os melhores nomes; se contratam serviços extra-auditoria em volumes que não comprometem a independência da firma.

São perguntas que sugerimos a você, leitor, e para as quais propositalmente não atribuímos respostas. Nosso intuito com este anuário não é classificar as companhias a partir de determinadas referências — como fazemos no ranking As Melhores Companhias para os Acionistas, por exemplo, divulgado no mês passado —, mas oferecer uma fonte de consulta fácil e confiável sobre a forma como elas são governadas, além de reportagens baseadas nos dados levantados.

Agradecemos a participação do professor-doutor da FEA-USP e coordenador do Centro de Estudos em Governança Corporativa (CEG) Alexandre Di Miceli da Silveira, que supervisionou o trabalho e nos orientou durante todo o processo; à pesquisadora Patrícia Oda, que trabalhou com afinco para obter a máxima precisão das informações coletadas; aos demais pesquisadores que com ela mergulharam nos sites das companhias e dos reguladores à caça de números e informações; e aos profissionais de relações com investidores (RI) e de outras áreas das companhias analisadas que cordialmente nos auxiliaram a apurar e checar informações.