Os investidores institucionais estavam incomodados com o modelo de divulgação de informes da BM&FBovespa. Enviadas por correio quinzenalmente, as informações sobre as operações realizadas no pregão chegavam desatualizadas às suas mesas. Para resolver o problema, a Bolsa decidiu aprimorar o Canal Eletrônico do Investidor (CEI), um espaço atualizado diariamente em seu website, e suspender o envio do material para os investidores institucionais.

“A divulgação dos informes impressos era mais um problema do que uma solução para esse tipo de investidor”, reconhece Amarilis Prado Sardenberg, diretora executiva da Bolsa. Agora, com o CEI, os investidores têm acesso instantâneo ao extrato de custódia, que lhes indica o valor dos investimentos, as compras, vendas e transferências de ações realizadas durante o dia, bem como os pagamentos de dividendos e o desempenho dos contratos futuros.

A superintendência de relações com o mercado da CVM chegou a exigir que a Bolsa consultasse os usuários do conteúdo antes de substituir os informes físicos pelo canal eletrônico. Porém, em uma avaliação subsequente, o colegiado da autarquia autorizou a interrupção do envio dos informes impressos sem a consulta prévia. Segundo a CVM, a BM&FBovespa poderia colocar em prática o plano, desde que abrisse um espaço para os descontentes se manifestarem.

Aqueles que fizerem questão de receber o informativo impresso, portanto, poderão solicitar à Bolsa a manutenção do envio. Os investidores pessoas físicas continuarão a receber os informes em papel.