Os signatários dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI, na sigla em inglês) — conjunto de regras elaborado pela Organização das Nações Unidas em prol de investimentos que respeitem questões sociais, ambientais e de governança (ESG, também na sigla em inglês) — ganharam um manual produzido pela entidade para orientá-los sobre a divulgação de informações. “Muitos aderem ao PRI por seus benefícios de marketing, mas na hora de cumprir suas obrigações de divulgação se sentem perdidos”, analisa o PRI no documento.

O primeiro passo para o signatário é organizar aquilo que ele já coloca em prática. “Muitos possuem uma abordagem de investimento responsável, mas não se dão conta disso”, diz o documento. “Quando um gestor avalia a política de remuneração de uma companhia antes de votar a proposta da administração, ele está exercendo a posse ativa das ações, que é o segundo princípio do PRI.”

Conhecer os anseios de seus clientes ou beneficiários é o segundo passo. Um gestor de recursos, para quem o desempenho da carteira é primordial, deve atentar para questões que podem afetar o valor de uma companhia, como a suscetibilidade a grandes desastres naturais. Os beneficiários de um fundo de pensão, por exemplo, podem estar mais preocupados com o relacionamento trabalhista das empresas investidas.

Por fim, é importante que se analise a disponibilidade de recursos e de pessoas para implementar as práticas. “Há dinheiro para contratar uma consultoria em questões ESG? Há funcionários com expertise nessa área — se a resposta for sim, quanto eles podem se dedicar ao assunto sem atrapalhar suas atribuições cotidianas?”, questiona o PRI.