Marcos Flávio Azzi foi sócio da Hedging-Griffo por nove anos. Em janeiro de 2009, deixou a empresa para se dedicar integralmente ao instituto que leva seu nome. A ideia de criá-lo surgiu de uma observação simples: pessoas que conhecia, muitas delas investidores do private banking, área em que sempre atuou, praticavam filantropia de modo bastante descomprometido. Doavam quantias para diversas entidades, sem um objetivo definido e sem direito a qualquer prestação de contas.

Azzi decidiu, então, criar um instituto para direcionar contribuições acima de R$ 50 mil anuais. O objetivo é estimular doações maiores às organizações e, assim, promover impactos sociais mais efetivos. O investidor diz para qual tipo de entidade quer contribuir — uma ONG para crianças cardíacas ou uma organização contra maus-tratos de animais, por exemplo — e Azzi começa seu trabalho. Busca uma ONG que se encaixe no perfil, colhe informações sobre ela, visita a entidade e, por fim, leva tudo o que descobriu para o investidor. Caso ele decida contribuir com a ONG, o instituto faz a doação e passa a monitorar como o dinheiro será usado, prestando contas ao doador através de relatórios financeiros e de atividades com periodicidade definida no início do projeto.

O instituto, que tem quatro funcionários e está instalado em um escritório no Paraíso, em São Paulo, já atendeu a 40 projetos diferentes e 20 investidores. Em breve, Azzi espera montar um escritório no Rio de Janeiro.