O International Corporate Governance Network (ICGN), entidade que une grandes investidores em prol das boas práticas de governança, enviou uma carta à Comissão Européia (CE) criticando sua postura em relação às práticas de auditoria no Velho Mundo. Em junho, a comissão recomendou a todos os países membros da União Européia o estabelecimento de limites à responsabilidade de auditores.
A carta, enviada em 19 de agosto, diz que “…o ICGN lamenta que a comissão não tenha levado em consideração a oposição da comunidade de investidores a esse limite (…), que pode reduzir a prestação de contas das firmas de auditoria e diminuir a qualidade desse serviço”. A entidade também observou que a recomendação pode proteger as grandes firmas de auditoria, em detrimento dos outros stakeholders e, principalmente, dos acionistas.
Assinada por Peter Montagnon, chairman do ICGN, a carta sugere que a CE siga os exemplos tomados nos EUA e no Reino Unido — onde foram desenvolvidos extensos relatórios sobre o tema —, a fim de “melhor compreender a dinâmica competitiva do mercado de auditoria, e sua relação com a qualidade dos serviços prestados”.
Defensores da decisão da CE argumentam que os auditores não deveriam arcar sozinhos com punições a erros cometidos por outros. Um ambiente sem limites poderia também estimular a chamada “síndrome dos bolsos sem fundos”, em que os investidores acabam usando os auditores como um seguro contra eventuais deficiências das empresas em suas demonstrações financeiras.
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