
Geraldo Soares*
A forma de comunicação de uma empresa com o mercado de capitais influencia diretamente sua credibilidade e, por consequência, sua reputação. Reputação agrega valor, pois é um fator de diferenciação, principalmente em situações de crise. Credibilidade é difícil de construir, mas muito fácil de se destruir.
É crescente a demanda para os administradores das companhias informarem a respeito do valor e do gerenciamento de ativos intangíveis — como marca, transparência, confiança, preocupação social e ambiental, relação entre profissionais, ética, dentre outros.
E as boas práticas de comunicação visam atender as necessidades de informação de formadores de opinião, entre eles gestores, acionistas, profissionais de investimentos e de crédito, analistas de agências de rating, fornecedores e clientes, funcionários, reguladores e autoridades, auditores e imprensa. O relacionamento possibilita aperfeiçoamento do desempenho dos negócios e aumento da confiança dos investidores e de todos os outros stakeholders.
Existe um novo padrão de comunicação exigido pela sociedade, que hoje cobra diferentes posicionamentos das companhias no mercado para, no mínimo, mitigarem riscos de imagem, crises e os consequentes efeitos nocivos sobre os negócios. A sociedade está totalmente conectada e se tornou mais questionadora, participativa, informada e influenciadora.
Portanto, uma comunicação eficaz contribui para criação de valor, preservação da imagem, melhora dos resultados e perenidade da organização, sendo obrigatória para aquelas com visão de longo prazo.
Como a comunicação corporativa é estratégica, é fundamental que os conselhos de administração participem da elaboração da estrutura de comunicação da empresa, estimulando a criação de uma política de divulgação coerente com as características e o momento de cada organização. Nesse contexto, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) lançou no último mês de março o caderno “Governança Corporativa e Boas Práticas de Comunicação”, estruturado sobre as discussões da Comissão de Comunicação e de Mercado de Capitais da entidade. Sugiro firmemente a leitura desse material aos interessados na relevância da comunicação no âmbito corporativo.
*Geraldo Soares (geraldosoares9@terra.com.br) é superintendente de relações com investidores do Itaú Unibanco
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Tags: IBGC conselho de administração mercado de capitais board Transparência informação comunicação comunicação corporativa; gerenciamento de ativos Encontrou algum erro? Envie um e-mail
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