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Em ano de halving de Bitcoin e aprovação do ETF na SEC, gestores apostam em outras criptos
Racional leva em conta antecipação já realizada no valor do Bitcoin e potencial de ativos como o Ethereum, que subiu menos em 2023
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Uma série de fatores sinaliza mais um ano positivo para a cotação do Bitcoin, principal criptoativo do mercado. Há aspectos que impactam tanto na oferta do ativo, como o halving previsto para abril, como na demanda, que deve crescer com a autorização da SEC para o lançamento de ETFs de Bitcoin no mercado americano. São drives importantes que apontam na mesma direção, de valorização no Bitcoin. Para os fundos de investimentos, contudo, a soma de tudo isso não necessariamente torna o Bitcoin a principal aposta no universo de criptos para as carteiras. Na cabeça dos gestores, outros ativos digitais devem pegar carona no Bitcoin e com maior potencial de valorização.

Esperado há muito tempo pelo mercado, o ano de 2024 começou com a aprovação pela SEC americana dos ETFs de Bitcoin. “A decisão da SEC é o principal drive do ano. É um aval importante para a criptomoeda”, comenta André Franco, head de Research do Mercado Bitcoin. No médio e no longo prazo, o principal reflexo é no fluxo de investimentos em criptos. “O ETF é um instrumento que facilita investir em ativos digitais. Também veremos mais institucionais olhando para esta alternativa de investimento, agora com a chancela da SEC.”

Efeito Halving de Bitcoin

Outro evento importante é o halving, que se repete de quatro em quatro anos e reduz a oferta que os “mineradores” de Bitcoin podem jogar da cripto no mercado. A lógica é simples e segue o conceito de oferta e demanda da velha economia: menos cripto no mercado, maior valor.

Previsto para o final de abril, este será o quarto halving desde que Bitcoin foi criado. “No passado, este evento causava mais impacto porque os mineradores tinham maior peso, mas foram perdendo participação relativa no mercado. Neste ano, acredito que apenas 0,5% do Bitcoin que chega no mercado vem dos mineradores. Apesar disso, a narrativa sobre o halving cresce ano a ano e tem reflexo ao sinalizar uma política monetária rígida e seguida há mais de uma década pela cripto.”  

No último halving, em 2020, o Bitcoin se valorizou, em dólar, 300%. No mesmo ano, o Ethereum subiu 473%. Na visão dos gestores de fundos de cripto, grandes movimentações no valor do Bitcoin acabam refletindo em outras moedas digitais. É essa uma das apostas dos gestores de fundos de cripto para 2024.

Criptoativos menos capitalizados

“Tem dois choques, um de oferta de Bitcoin, com o halving, e outro de demanda, com a aprovação do ETF pela SEC. Além disso, o cenário macro, com juros que devem cair, deve colaborar pra um apetite maior do investidor por ativos de risco”, comenta João Cunha, head of Portfolio Management da Hashdex. “Para o 2024, todo o cenário deve impactar nos ativos digitais menos conhecidos, de menor capitalização no mercado, recuperando parte das perdas que tiveram nos últimos anos.”

Na avaliação da Hashdex, que tem em sua prateleira fundos de gestão passiva, de gestão ativa e fundos de índices (ETFs), todos com carteiras de criptos, os maiores potenciais de ganhos estão fora Bitcoin. O Hashdex Crypto Top Performers, com 100 % da carteira composta de moedas digitais, é um produto voltado para os ativos de menor capitalização de mercado. “O Top Performers tem hoje 6% de Bitcoin, 5,3% de Ethereum, e outras criptos como Dogecoin (DOGE). “A posição de Bitcoin já foi maior, perto de 20%. É um fundo que utiliza estratégias ‘momentum’, comum no mercado de cripto, para compor a carteira”, explica o executivo da Hashdex.


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Outro fundo da gestora, o Hashdex Crypto Selection investe nos ETFs da Hashdex, com gestão ativa, explica João Cunha. “No ano passado, aumentamos a participação do ETF de Bitcoin no fundo e agora vemos que em termos relativos é a vez dos outros ativos recuperarem um pouco do espaço”, comenta.

O ano de 2023 foi muito bom para carteiras com Bitcoin, cripto que valorizou em dólar 155%. O Ethereum, no ano passado, subiu 91%, o que também explica a apostas dos gestores em um ano mais positivo para outras criptos, memo com o halving do Bitcoin.

Theodoro Fleury, gestor de Portfólio da QR Asset, tem visão semelhante sobre o efeito do halving no Bitcoin e da cripto em outros ativos digitais. “O Bitcoin vai na frente e as outras moedas digitais acompanham. Acredito que no final do ano, quando olharmos para traz, será um ano de capitalização do mercado como um todo”, afirma Fleury. “Em todos os halvings anteriores, a alta do Bitcoin começa seis meses antes e prossegue por até 18 meses depois.”

Um dos fundos da QR de gestão ativa, o QR Blockchain Asset, já esteve mais concentrado em Bitcoin ao longo de 2023, um “movimento acertado”, na avaliação do gestor. “Alocamos um pouco em Solana no final do ano passado. Acreditávamos que a aprovação do ETF de Bitcoin, seria um turning point para trocar a cripto por Ethereum”, explica Fleury.

No dia da aprovação do ETF pela SEC, a QR Asset trocou metade da posição de Bitcoin por Ethereum. Hoje é 30% para cada um dos criptoativos na carteira. “O Bitcoin vai se valorizar, mas o espaço para ganhos com o Ethereum é maior.”

Nos planos da QR Asset está ampliar a oferta do fundo, hoje apenas para investidor qualificado, com mais de R$ 1 milhão investidos, para o varejo. “Estamos nos adaptando à CVM 175, promovendo as mudanças necessárias para que em fevereiro o fundo QR Blockchain seja acessível pelo investidor do varejo. Hoje, o fundo tem dois terços dos ativos no exterior e vamos passar a ter 80% no Brasil”, explica Theodoro Fleury.


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