Mesmo com tensões geopolíticas, inteligência artificial generativa e a economia global incerta, os CEOs globais de empresas das áreas de energia, recursos naturais e químicos (ENRC) continuam confiantes em relação ao crescimento de suas empresas. Segundo estudo da KPMG divulgado nesta semana, 87% dos 127 entrevistados acreditavam em 2023 que as companhias vão avançar, em comparação com 81% registrados no levantamento anterior, de agosto de 2022.
A pesquisa também mostra que 83% dos CEOs estão confiantes em relação aos rumos do setor, em comparação com 81% na pesquisa anterior. O otimismo é, sobretudo, motivado pela recuperação gradual da economia e pelo aumento da importância do setor na transição energética global.
Três em cada quatro CEOs entrevistados estão confiantes na economia para os próximos três anos. O estudo também aponta maior preocupação com a satisfação da clientela. Segundo a KPMG, para 12% dos executivos, o aprimoramento da experiência dos clientes é a prioridade para o crescimento do negócio – visão bem diferente da apurada em 2022, quando o tópico não foi mencionado entre as prioridades.
Descubra tudo sobre os Investimentos de Impacto no mais novo curso da Capital Aberto
Para a KPMG, a preocupação é resultado da opinião pública e da regulamentação do setor. “Os altos custos de energia têm sido um desafio para o público. Isso, por sua vez, causou uma quantidade significativa de pressão regulatória, o que pode explicar a nova ênfase na experiência do cliente”, diz Anish De, sócio líder global da área de ENRC da KPMG Internacional.
Entre as outras prioridades para crescimento, são destaque o avanço da digitalização e as iniciativas ESG, mencionadas respectivamente por 23% e 17% dos executivos.
Incertezas
No entanto, mesmo otimistas, os CEOs de ENRC não deixam a preocupação de lado em relação às incertezas geopolíticas, mencionadas por 19% dos entrevistados, questões operacionais(17%) e questões regulatórias que podem trazer risco (16%).
Segundo os executivos, a integridade pessoal é um fator determinante para a construção de confiança para encarar os desafios. Setenta e dois por cento dos CEOs se disseram dispostos a desinvestir em uma parte lucrativa do negócio para preservar a reputação. E 58% deles afirmam que tomariam uma posição pública em relação a uma questão política ou socialmente controversa, mesmo com o conselho preocupado.
Entretanto, 76% dizem que iriam seguir a postura pública da organização, mesmo com o conflito de convicções pessoais.
Outubro Liberado
Experimente o conteúdo da Capital Aberto grátis durante todo o mês de outubro.
Liberar conteúdoJa é assinante? Clique aqui
Outubro Liberado
Experimente o conteúdo da Capital Aberto grátis durante todo o mês de outubro.
Ja é assinante? Clique aqui