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Asset tem planos de atuar com carteiras administradas e busca um parceiro no mercado
Com cara de “corporate banking”, ID gestora mira R$ 10 bilhões em ativos até dezembro
Gustavo Biava, sócio da ID gestora
Gustavo Biava, sócio da ID gestora

Gestora independente e especializada em fundos estruturados, a ID Gestora de Recursos (IDGR) mais parece um “corporate banking”, nas palavras de um dos sócios e diretor de investimentos, Gustavo Biava. E é exatamente assim, atendendo clientes institucionais, que a ID quer continuar seu processo de crescimento. No ano passado, com a estruturação de fundos – FIIs, FIDCs e FIPs – e a administração de produtos para terceiros, a ID dobrou os recursos sob gestão, para R$ 5 bilhões. A empresa tem ainda mais R$ 1,2 bilhão de fundos de terceiros que administra. O trabalho atual visa manter o ritmo de crescimento, o que significa chegar a R$ 10 bilhões até o final do ano. Em entrevista à Capital Aberto, Gustavo Biava conta os planos para atingir a meta ousada.  

Fundada em 2019, a ID tem foco nos chamados produtos estruturados, ilíquidos, com oferta para clientes institucionais, como family offices, bancos, assets, grupos econômicos e investidores estrangeiros. Esta essência, destaca Biava, vai continuar. “Vamos permanecer nesta mesma estratégia. Temos alguns clientes de varejo, nos FIIs listados em bolsa, mas não é a ideia central” explica. A ID tem cinco fundos imobiliários (FIIs), três já na B3 e os outros dois em processo de listagem. “Nunca focamos no varejo e só listamos porque era uma condição dos grandes investidores que buscavam liquidez.”

FIDC de varejo, ainda não

O mesmo em relação aos FIDCs, que fornecem crédito direto a cadeias de negócio, como agro ou varejo, com bens ou safra dados em garantia. A possibilidade de ofertar o produto ao varejo, possível agora com a CVM 175, não anima, ao menos por enquanto, a ID. “A gente tem um FIC de FDIC, compra cotas de outros FDICs, aberto. Ele só compra cotas de sêniores, que tem no mínimo 30 % de subordinação. Pensamos em colocá-lo em prateleira, mas hoje as corretoras não estão preparadas para vender FIDC ao varejo, vamos esperar.”

Fipe com DNA de FII

A ID tem na carteira 30 fundos de investimentos em participações, metade originados internamente e a outra metade em que presta serviços de administração para outras gestoras. Muitos dos Fipes da ID são patrimoniais, explica Biava, ou seja, constituídos por famílias que buscam melhorar a governança dos bens pensando em uma venda futura, por exemplo.

Uma das novidades é um FIP montado em parceria com a BR Angels, um venture capital, que captou R$ 15 milhões de 93 investidores. O produto já fez as duas primeiras aquisições. A outra, em fase de estudo, é um Fipe para comprar uma usina solar, ser dono do ativo como um FII. “Neste caso, alugaríamos o empreendimento para quem fosse participar dos leilões para fornecimento de energia. Receberíamos, no FII, um aluguel que não é tributado, tem benefício fiscal.”

Separação das atividades

Recentemente, a ID comprou uma gestora menor como parte da estratégia para segregar as operações. Assim que for homologado pelos reguladores, haverá duas companhias – A IDGR, que cuidará apenas de FIP, e a GRID, que será responsável por FIIs, FIDCs e prestará serviço a outras gestoras. “Isto preserva a empresa, separa atuações que de fato devem estar segregadas.” 

Na GRID, também ficará uma nova área de atuação, de carteiras administradas. Hoje, a ID procura um parceiro para atuar no segmento que, na visão de Gustavo Biava, vai crescer muito com a mudança na tributação dos fundos fechados. “Com as novas regras, não faz mais sentido pagar toda a estrutura de um fundo para gerir quantias menores, R$ 5 milhões, por exemplo. Já está havendo um fluxo dos recursos para carteiras administradas”, comenta. “Como não temos inteligência na área, estamos neste momento procurando um parceiro.”

Internacionalização à vista

O projeto da ID para abrir uma unidade nos Estados Unidos já está caminhando. “No Brasil, fazemos a representação de investidor não-residente, somos autorizados pelo Banco Central. Dentro da gestora, a gente tem mais ou menos quase R$ 1 bi de dinheiro de investidor estrangeiro. Nos Estados Unidos queremos representar o investidor americano e apresentar também oportunidades de investimento para os brasileiros nos Estados Unidos. Então vamos fazer esse intercâmbio.” Em fase de arranjos burocráticos, o escritório deve ser inaugurado no começo de 2025.

O otimismo com o crescimento projetado para o ano, comenta o sócio, vem de duas fontes. “Temos operações internas sendo originadas e também negociações com fundos para migrarem para cá, o que acelera bastante o crescimento”. E acrescenta: “Teve muita mudança regulatória, com muitas gestoras menores buscando uma saída. Hoje, praticamente fazemos muito pouco esforço comercial, mas sempre aparece oportunidade.”


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