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Fora de bolsa
Programas nível 1 se tornam os preferidos dos depositários de ADRs, que atraem clientes com verbas

Já se foi o tempo em que listar companhias na Bolsa de Nova York era o grande filão dos bancos depositários que atuam no Brasil. Com os investidores estrangeiros acessando diretamente o mercado local, é cada vez menor o número de companhias dispostas a carregar os custos que a negociação em bolsas norte-americanas impõe. Para cobrir essa lacuna de mercado, os bancos se voltam para os programas de menor liquidez, até então colocados em segundo plano.

São os American depositary receipts (ADRs) nível 1, habilitados a negociar somente em mercados de balcão, e os recibos emitidos em ofertas de ações com esforços restritos (do tipo 144-A ou Reg-S), que acessam apenas os investidores institucionais qualificados. Desde 2008, 25 programas nível 1 foram registrados, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No mesmo período, houve um programa nível 3 (que permite a listagem em bolsa e a emissão de recibos nos Estados Unidos): o do Santander, em 2009.

A concorrência para patrocinar um ADR nível 1 é acirrada . “Fomos procurados por três bancos nos últimos três meses”, conta Diogo Zinsly, gerente de relações com investidores (RI) da Cteep, que já possui recibos negociados no mercado de balcão norte-americano, o over-the-counter (OTC). Zinsly atribui a disputa entre os bancos ao aumento do interesse do investidor pela companhia. Mas é inegável que a postura proativa dos depositários está ligada também ao fato de a Cteep ser uma das maiores pagadoras de dividendos do mercado, fazendo jus ao histórico do setor elétrico na distribuição de lucros. Os serviços para pagamento de dividendos aumentam as comissões dos bancos.

Os pacotes de remuneração oferecidos são um capítulo à parte. Incluem uma série de serviços adicionais, que vão do targeting, que ajuda a traçar o perfil do investidor-alvo, ao treinamento da equipe de RI, passando pela assessoria em road shows. Incluem ainda um fator de peso na decisão sobre o melhor depositário: as verbas oferecidas pelos bancos em troca da exclusividade do emissor. Em 2009, cerca de US$ 11,6 milhões do orçamento do departamento de RI da Petrobras foi doado pelo J.P. Morgan, seu depositário.

O “benefício” está na mira das companhias. “Esperamos alavancar a verba da área de RI entre 30% a 40%”, conta um profissional de relações com investidores. Sua empresa patrocina um programa de ADRs não listados. Ou seja, não tem custos regulatórios para acessar os investidores norte-americanos e está prestes a conseguir uma importante fonte de recursos para manter as suas atividades de RI.


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