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FIDCs: a bola da vez em 2004

, FIDCs: a bola da vez em 2004, Capital AbertoOs últimos meses do ano passado deram aos fundos de direitos creditórios o status de principal promessa para 2004. Será o grande ativo que teremos para financiar o setor produtivo, aposta Luiz Fernando Resende, vice-presidente da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), que afirma haver diversas empresas interessadas em captar recursos através dos seus recebíveis. “Vamos ver muitas companhias saindo com operações desse tipo no início do ano”, diz.

Se a inércia prevalecer, tudo indica que os chamados Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) serão mesmo a bola da vez. Em pouco mais de dois meses, de outubro a meados de dezembro, 11 fundos foram lançados, cinco deles lastreados em recebíveis de companhias. Pão de Açúcar saiu com o seu no valor de R$ 500 milhões, Perdigão fez um fundo para captar R$ 64 milhões e a Parmalat compôs uma carteira de R$ 130 milhões. Na seqüência vieram a Braskem, com o fundo Chemical, no total de R$ 200 milhões, e a Petroflex, com R$ 60 milhões.

Os fundos de Parmalat, Petroflex e Braskem foram levados a mercado, para captação junto a investidores qualificados, os únicos permitidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por enquanto. Já as carteiras de Perdigão e Pão de Açúcar foram subscritas pelo estruturador das duas operações, o banco holandês Rabobank. A Sadia foi a primeira companhia a lançar o seu fundo de recebíveis, em maio do ano passado. Captou R$ 150 milhões e as cotas também foram subscritas pelo Rabobank.

Ao todo, portanto, as captações apenas de companhias abertas, realizadas e previstas, somavam, até o fechamento desta edição, pouco mais de R$ 1,1 bilhão. Foram lançados 14 fundos de recebíveis no ano, com uma capta ção total estimada pelo mercado em R$ 2,3 bilhões. Desses, seis foram levados para subscrição junto a investidores e os demais tiveram suas cotas adquiridas pelos respectivos grupos financeiros que estruturaram a operação.

Segundo Resende, os FIDCs est ão caindo no gosto das empresas porque já oferecem taxas atrativas em relação a outras formas de financiamento. Os recursos entram no caixa sem ampliar o endivida mento, reduzindo a necessidade de capital de giro e ampliando as possibilidades de financiamento a fornecedores. Para os investidores, os FIDCs surgem como alternativa de aprimorar o retorno dos investimentos e diversificar as carteiras em tempos de queda nas taxas de juros. Por terem ratings elevados, os recebíveis que dão lastro às aplica ções oferecem pouco risco aos investidores.

As dúvidas para o próximo ano ainda ficam por conta da pulverização das cotas desses fundos. Pelas regras da CVM, elas estão disponíveis apenas para fundos de pensão, seguradoras ou pessoas físicas com mais de R$ 250 mil aplicados em fundos – os chamados investidores “qualificados”. Para a CVM, o produto ainda possui uma estrutura complexa e de difícil entendimento dos riscos para o investidor comum.

No final do ano passado, a comissão liberou as aplicações para os fundos de recebíveis com lastro imobiliário, após muita insistência da Caixa Econômica Federal, que queria lançar um FIDC para financiar um conjunto habitacional em São Paulo. Neste caso, segundo a autarquia, o risco poderia ser mais claramente percebido pelos investidores. Mas não se sabe se a CVM vai liberar os outros tipos de fundos e, por enquanto, ouve-se apenas as críticas do mercado. Achamos que a CVM está com uma visão distorcida a respeito disso, afirmou Alfredo Setúbal, presidente da Anbid, que já encaminhou oficialmente à comissão sugestão para que os FIDCs sejam liberados ao público.


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