A BrasilAgro chegou à bolsa de valores em 2006. Pré-operacional, captou cerca de R$ 584 milhões com grandes investidores para aplicar na aquisição de propriedades rurais selecionadas e com perspectiva de boa produção agrícola e valorização imobiliária. Na estréia, a meta era comprar 108 mil hectares de terras com os recursos da oferta inicial de ações (IPO). Atualmente, após a aquisição de 112 mil hectares, R$ 220 milhões seguem livres no caixa da companhia, enquanto outros R$ 80 milhões estão comprometidos com pagamentos futuros. Capitalizada, assim como outras novatas, a BrasilAgro enxerga na crise a chance de fazer bons negócios.
“O mercado está mudando e podem surgir oportunidades interessantes para compra”, diz Carlos Aguiar Neto, diretor financeiro e de Relações com Investidores (RI) da companhia. O importante, afirma o diretor presidente, Julio Toledo Piza, é manter a flexibilidade do planejamento. Essa maleabilidade é importante para que as decisões acompanhem a oferta do mercado. Em tempos de elevação dos preços das propriedades, o foco é a compra com perspectiva de retorno em prazos mais longos. Durante uma crise, como a atual, a BrasilAgro pode mudar de estratégia e partir para aquisições de propriedades em estágio mais avançado de maturação.
Outra novata que vê a possibilidade de aproveitar o cenário econômico desfavorável é a Amil. No IPO, em outubro do ano passado, a empresa captou R$ 1,4 milhão, sendo quase dois terços como resultado da oferta primária de ações. Destes, R$ 800 milhões permaneciam no caixa da empresa no encerramento do segundo trimestre. “Até para que possamos avaliar melhor o real cenário e os efeitos da crise, os projetos da Amil, até o momento, estão mantidos”, disse, por e-mail, Erwin Kleuser, diretor de Relações com Investidores da empresa. Assim como a BrasilAgro, a Amil acredita que pode se beneficiar com a crise. Segundo o diretor, quem tinha problemas de liquidez ou contava com algum recurso novo para crescer vai ter dificuldades. “Isso deve contribuir para que a consolidação do setor seja acelerada via crescimento orgânico, com o fechamento de operadoras com problemas, ou por aquisições, que tendem a ficar mais baratas.”
Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.
Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.
User Login!
Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.
Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais
Ja é assinante? Clique aqui