Uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PwC) realizada em 2012 com 860 conselheiros — dos quais mais de 70% trabalham em companhias com faturamento superior a US$ 1 bilhão — mostra um aumento do comprometimento desses profissionais. Mais da metade (56%) afirmou que passou mais tempo se dedicando ao escrutínio da performance e dos salários dos diretores no ano passado. Dentro desse grupo, 67% relataram um crescimento de 10% na jornada de trabalho. Essa sobrecarga, conforme o estudo, é generalizada. Um em cada cinco conselheiros ouvidos pela pesquisa garantiu que o tempo gasto com o exercício da função aumentou em 20% ou mais.

Outra descoberta é que os conselheiros têm intensificado a comunicação com stakeholders: 27% declararam que fortaleceram o relacionamento com investidores institucionais no ano passado; ao mesmo tempo, 22% disseram que, agora, se comunicam mais regularmente com os analistas de investimento e com os empregados. Um incremento na comunicação com a mídia foi citada por 8% dos conselheiros ouvidos pela pesquisa.

O estudo da PwC também evidencia que os conselheiros estão sendo mais observados. Apenas 2,2% deles disseram que suas companhias não fazem nenhum tipo de avaliação individual ou dos membros do órgão. A pesquisa mostra ainda que 31% deles acreditam que pelo menos um de seus colegas de board deveria ser substituído. A razão mais citada (15%) é a redução da produtividade pelo envelhecimento. Em segundo lugar, está a falta de especialização (13%).

“Os holofotes estão voltados para os conselheiros como nunca estiveram antes”, diz Mary Ann Cloyd, chefe do centro para governança de conselho da PwC. “A pesquisa mostra uma mudança de atitude desses membros, indicando o seu progresso”, afirma.