A semana chega ao final com os mercados sofrendo forte influência negativa do impacto da guerra no Oriente Médio, duas semanas após a atual crise desencadeada pelos ataques do Hamas a Israel.
O pessimismo subiu um degrau com os sinais de Israel da iminência de uma invasão da Faixa de Gaza por terra e com o risco de uma segunda frente de batalha na fronteira do país com o Líbano.
Ao mesmo tempo, as taxas de juros dos títulos do governo dos EUA com vencimento em 10 anos se aproximaram de 5%, atingindo um nível que não era visto em mais de uma década.
Com isso, o Ibovespa voltou a cair com força. Por volta do meio-dia, o índice estava em torno dos 112,8 mil pontos – uma queda de 8% em relação ao pico do ano, no final de julho.
O comportamento do Ibovespa está em linha com o dos mercados financeiros internacionais.
Na Ásia, as bolsas encerraram o dia em baixa na sexta-feira. Na Europa, o dia começou com quedas nos mercados, acompanhando a tendência de baixa dos contratos futuros nos Estados Unidos.
Dúvidas sobre a recuperação econômica da China, em que pesem os estímulos anunciados pelo governo nesta semana, também pressionam as bolsas asiáticas e o preço do minério de ferro.
O contrato mais negociado do minério de ferro em Dalian, para janeiro de 2024, fechou em queda de 3,17%, com a tonelada cotada ao equivalente a US$ 114,71.
Isso fez as ações da Vale despencarem, com queda que chegou a ultrapassar os 3% durante o pregão desta sexta.
A tensão também tem impacto no preço do petróleo, que se aproxima dos US$ 94 por barril. Mesmo assim, as ações da Petrobras caíram durante a manhã, após anúncio de que a empresa vai aumentar o preço do diesel para o mercado interno, mas reduzir o da gasolina.
Impacto da guerra
Com todas as atenções no Oriente Médio, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um raro pronunciamento na TV em horário nobre, na noite dessa quinta-feira, pedindo ao Congresso a aprovação de um pacto de ajuda a Israel e à Ucrânia.
Biden não falou em valores, mas, segundo jornais americanos, o total seria em torno de US$ 100 bilhões: U$ 60 bilhões para a Ucrânia, US$ 14 bilhões para Israel e o restante para outras iniciativas de Defesa.
Há dúvidas, porém, se o governo conseguiria passar a proposta na Câmara, de maioria republicana e que está sem presidente há duas semanas por causa de uma disputa interna no partido de Trump.
Se aprovado, porém, o pacote deve contribuir para o aumento da dívida pública americana, que está na casa dos US$ 33,6 trilhões e é vista como um dos fatores por trás da alta dos juros dos títulos públicos.
Neste sábado, líderes de vários países do Oriente Médio e diplomatas de potências ocidentais se reúnem no Cairo para discutir a crise entre Israel e os palestinos.
Confirmaram presença o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, o líder da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, o rei Abdullah II da Jordânia e os ministros das Relações Exteriores da França, Reino Unido e Alemanha.
O evento, organizado pelo presidente egípcio Abdel-Fatah El-Sisi, é a reunião de mais alto nível desde o início da crise há duas semanas, mas analistas não veem a possibilidade de um avanço significativo com otimismo.
Leis mais:
Powell não descarta nova alta de juros, mas diz que Fed atuará com cautela
Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.
Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.
User Login!
Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.
Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais
Ja é assinante? Clique aqui