Num ano bastante desafiador para o mercado de capitais, com períodos de alta volatilidade e incertezas, algumas gestoras tiveram crescimento expressivo tanto no número de cotistas quanto no valor dos ativos sob gestão. Nesse balanço, elas apontam a importância da parceria com as plataformas digitais de investimento na promoção de seus produtos – movimento que ganha força ano a ano.
De acordo com uma pesquisa da empresa de informações financeiras Comdinheiro, divulgada pelo jornal Valor, as plataformas digitais já respondem por 15% do estoque de investimentos em fundos no país. Há dez anos, a participação era de apenas 1,9%. No terceiro trimestre, o valor aportado em fundos de varejo desses “supermercados” atingiu R$ 233,4 bilhões.
Avanço online
Entre as gestoras que avançaram com ajuda das plataformas está a AZ Quest. A empresa aumentou 25% em número de cotistas este ano, chegando a 180 mil deles. Em relação ao volume de ativos sob gestão, cresceu 5%, para R$ 24 bilhões.
Com a busca constante de novos parceiros, a empresa tem disponível em plataformas 95% de sua grade de fundos.
Segundo Ronaldo Zanin, co-head comercial da AZ Quest, a gestora opera hoje com 25 plataformas de investimento. “O apoio desses parceiros, assim como dos investidores e alocadores, nos permitiu nos destacarmos em termos absolutos e relativos ao longo do ano”, diz ele.
Na Plural Gestão, o crescimento previsto este ano é superior a 30%, com aumento em 20% em renda fixa e crédito privado, 15% em renda variável e 40% em ilíquidos/estruturados, informa Bruno Stuani, head comercial da gestora, que está presente em todas as principais plataformas de investimento.
A empresa deve encerrar o ano com R$ 60 bilhões sob gestão, comparados a R$ 45 bilhões ao final de 2022.
“Nossa grade de produtos é bem ampla e majoritariamente representada nas plataformas digitais de investimento. Nossa estratégia para 2024 é oferecer alternativas com mais risco, à medida que o cenário macro nos forneça condições”, afirma.
Para Stuani, o maior desafio de 2023 foram as condições adversas de mercado em múltiplas frentes. “Os clientes foram bombardeados por inúmeros eventos micro, como o caso Americanas, e pelo início de um novo governo menos fiscalista, ao mesmo tempo em que o cenário global analisava até onde iria o movimento de alta dos juros americanos”, afirma.
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Ano novo mais promissor
Para ele, o papel das plataformas de investimento deve ser importante também para ajudar a quebrar a inércia dos clientes pessoa física, acostumados durante muito tempo aos benefícios dos produtos mais tradicionais como CDBs e LCIs.
“Acreditamos que o movimento de queda de juros, que deve se intensificar em 2024, quebre essa inércia e obrigue o cliente a buscar outras alternativas de rentabilizar o capital”, afirma ele.
Apesar da relevância das plataformas digitais para a operação das gestoras, o estudo da Comdinheiro mostra que a taxa de crescimento tem desacelerado. Depois do avanço de 110% no pico entre 2018 e 2019, neste ano o total investido aumentou apenas 7% frente a 2022.
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