As operações de fusões e aquisições no Brasil movimentaram R$ 9,7bi em novembro – queda de 51% em comparação com os R$ 19,8 bilhões em outubro. Em relação ao número de operações registradas, entre anunciadas e concluídas, foram 120 no mês passado ante 145 em outubro.
Com isso, nos onze primeiros meses do ano, somam-se 1790 transações – número 22% menor que o registrado em igual período do ano passado.
As informações são do relatório mensal sobre o setor do TTR Data, realizado em colaboração com o Tozzini Freire Advogados.
Ainda segundo a pesquisa, de janeiro a novembro, as operações de fusões e aquisições deste ano movimentaram R$ 191,8 bilhões, com queda de 31% na comparação com o mesmo período de 2022.
Melhora à vista
Depois de tanta retração, para 2024 o cenário pode ser mais promissor. Na avaliação de Laura Affonso, sócia da prática de Societário e M&A (Mergers and Acquisitions) do escritório de advocacia Lefosse, o ano que vem deve ser “significativamente melhor” para o segmento.
“A expectativa é de que uma continuidade na queda da taxa de juros, mesmo que de forma modesta, e mais clareza sobre as posições do governo atual, reduzirão a percepção de risco e possibilitarão o retorno de M&As com caráter mais estratégico no próximo ano”, diz ela. “Os valores envolvidos serão maiores e teremos a ampliação da participação de investidores estrangeiros.
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Segmentos
O setor de serviços de Software e IT é o mais ativo até agora neste ano, com 343 transações, mesmo com a redução de 23% em relação a 2022. Em seguida vem a área de Business & Professional Support Services, com 294 transações.
Quanto à origem dos recursos, o segmento de private equity foi o responsável pela maior movimentação em fusões e aquisições deste ano. Foram 88 transações, totalizando R$ 30,8 bilhões, com aumento de 48% do capital mobilizado, mas queda de 11% no número de operações em comparação com os primeiros onze meses de 2022.
Para o próximo ano, Laura Affonso prevê “operações relevantes de saída” dos fundos de private equity. Mas uma nova leva de IPOs não está no radar. “Até a abertura de uma nova janela de ofertas públicas, [as saídas] ainda ocorrerão por meio de transações privadas”, diz ela.
Venture Capital
Em Venture Capital, 512 rodadas de investimento movimentaram R$ 16,4 bi até agora no ano – redução de 40% no número de transações em comparação com igual período de 2022.
Já o segmento de asset acquisitions registrou 247 transações e R$ 28,3 bilhões até novembro, com avanço de 24% ante o mesmo período do ano passado.
Exterior
Em relação às fusões e aquisições no exterior, as empresas brasileiras concentraram o interesse nos Estados Unidos, com 31 transações no valor de R$ 5,2 bi até novembro de 2023. Em segundo lugar no ranking, está o Chile, com nove operações.
Os Estados Unidos também foi o país mais atraído por empresas do Brasil, com 148 transações. Em seguida, está o Reino Unido, com 46.
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