A inadimplência de pessoas físicas no varejo em janeiro deve ficar entre 5,44% e 6,19%, com média estimada em 5,82%, segundo projeção do Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo) e FIA Business School. Se confirmada, a taxa ficará próxima ao nível real registrado em outubro, de 5,91%. Já os atrasos nos pagamentos devem crescer. Se computadas as dívidas com atraso superior a 90 dias, a estimativa é de média de 5,82%, com variação entre 5,44% 5,82% – mais que os 4,28% de outubro.
O presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, Claudio Felisoni, falou a Capital Aberto sobre suas perspectivas da inadimplência para o varejo.
Quais as perspectivas para a inadimplência em 2024?
Em que pese o fato de que se espera para janeiro um aumento devido à elevação detectada dos atrasos de pagamentos, pode-se dizer, em princípio, que a situação da inadimplência em 2024 deve ser melhor que a registrada em 2023. Isso é explicado por dois fatores separados mas conectados. O primeiro é a queda da inflação. A inflação é um imposto, porque retira renda real das famílias. Em adição deve-se dizer que é um imposto regressivo, ou seja, onera mais exatamente as famílias mais expostas a problemas de liquidez. Segundo, a queda da inflação tem levado o BC a reduzir a taxa básica. Embora os efeitos da taxa básica sejam pequenos na ponta, as reduções, pequenas, é verdade, também contribuem com um cenário mais promissor no que diz respeito à inadimplência pessoa física.
Qual o impacto da queda da inadimplência esperada em relação a títulos de dívidas de empresas do varejo, como debêntures?
A redução esperada da inadimplência implica melhora do cenário para o varejo. Mas penso que o impacto sobre os papéis do setor não será tão significativo, ao menos no curto prazo. Esses títulos dependem muito mais do volume esperado de vendas. Esse por sua vez está associado ao crescimento sustentável da renda e do crédito.
Qual o motivo do aumento no atraso de pagamentos previsto para janeiro?
Os atrasos estão ligados a um movimento sazonal. No começo do anos acumulam-se despesas tais como: impostos, pagamento de despesas de viagem, compra de material escolar, etc
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