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Private equity ainda deve enfrentar cenário difícil em 2024
Grupos recorrem a novas estratégias para enfrentar falta de investidores e dificuldades na saída dos fundos
Private equity, Private equity ainda deve enfrentar cenário difícil em 2024, Capital Aberto

Dois mil e vinte e quatro não deve ser um ano fácil para o segmento de private equity, segundo dois dos maiores jornais de economia do mundo: o Financial Times, do Reino Unido, e o Wall Street Journal, dos Estados Unidos. “O período mais desafiador para captação de recursos de private equity desde pelo menos a crise financeira de 2007-2009 provavelmente continuará”, diz a publicação norte-americana. 

Segundo o periódico, a alta dos juros americanos, a partir de março de 2022, pôs fim à “era dourada” do setor. Nesse cenário, empresas de private equity tinham um recorde de US$2,59 trilhões em reservas de caixa disponíveis para aquisições e outros investimentos até 15 de dezembro, mostra estudo da S&P Global Market Intelligence, citado pelo Financial Times. 

Quase um quarto desse valor estava nas mãos de 25 dos maiores grupos do segmento, como Apollo Global, Blackstone, KKR, CVC Capital e Advent International.

Outros números seguem a mesma linha. Até setembro deste ano, empresas de private equity levantaram cerca de US$ 509 bilhões globalmente por meio de 620 fechamentos de fundos, afirma a reportagem do Wall Street Journal, publicada no dia 29. A fatia representa 46% do total do ano anterior, de acordo com a Preqin, empresa de rastreamento de dados do setor. 

Na avaliação de analistas ouvidos pelo jornal americano, a disposição dos investidores em investir no setor continua limitada por diferentes motivos: juros altos (cujo ritmo de redução não é visto como suficiente para incentivar novas transações), aperto no financiamento de dívidas, estagnação do mercado para fusões e aquisições, e a demanda adormecida por IPOs.

Tudo isso, segundo o Financial Times, deixou os grupos de aquisição com um recorde de U$ 2,8 trilhões em investimentos não vendidos.

Estratégias

Para se adaptar aos tempos desafiadores, grupos de private equity que vendem negócios entre si têm usado estratégias como  earn-outs baseados em desempenho, que preveem pagamento adicional aos vendedores se o negócio tiver um desempenho melhor do que o esperado, diz o Financial Times. Outras medidas incluem o adiamento de pagamentos pelos compradores e a manutenção de grandes investimentos pelos vendedores para concluir os negócios.

Executivos de private equity também estão de olho nas separações corporativas (carve-out), nas quais uma empresa de private equity adquire uma linha de negócios de uma grande corporação.

Tanto é assim que maior transação de private equity de 2023 foi a separação (carve-out), realizada pela GTCR, da empresa de pagamentos Worldpay da FIS, com uma avaliação de $18 bilhões. A FIS havia abandonado um plano de transformar a Worldpay em uma empresa de capital aberto e, em vez disso, vendeu 55% do negócio para a GTCR.


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Escritórios fechados

Segundo o Wall Street Journal, as empresas de private equity estão fechando linhas de negócios com desempenho inferior ou escritórios com baixo desempenho. Paralelamente, tentam reorientar as operações de captação de recursos para aproveitar fontes de recursos que mantêm a fora em tempos difíceis, como fundos soberanos no Oriente Médio e investidores individuais ricos.

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