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Saiba mais sobre as expectativas do mercado para os próximos meses
Capital Aberto ouviu quatro gestoras sobre os riscos e oportunidades para dezembro e o próximo ano
Expectativas do mercado, Saiba mais sobre as expectativas do mercado para os próximos meses, Capital Aberto

De um lado, boas notícias, como a disparada de 12,54% do Ibovespa em novembro ou o desempenho positivo de ativos do governo, como Petrobras e Banco do Brasil. Do outro lado, incertezas quanto à política fiscal e acontecimentos como a fraude das Americanas, com seu consequente impacto no crédito privado, entre outros.  Às vésperas do fim de um ano marcado tanto por riscos como por surpresas positivas, agora as atenções se voltam às expectativas do mercado para o último mês de 2023 e o início do próximo ano.

Expectativas

Para  falar sobre oportunidades e desafios para este e os próximos meses, a Capital Aberto ouviu quatro especialistas: Daniel Delabio, sócio fundador e gestor da Exploritas; Bruno Stuani, head comercial da Plural Gestão; Luiz Eduardo Portella, sócio e gestor da Novus Capital; e Anna Reis, economista-chefe e sócia da Gap Asset. 

As entrevistas de Portella e Reis foram publicadas na sexta-feira. Confira agora os principais trechos das análises de Delabio e Stuani:

Exploritas

Surpresa nas estatais

“Em um governo de esquerda há expectativa de maior influência nas estatais. No início do mandato de Lula, as pessoas tinham uma visão mais negativa, com [previsão de] intervenção em preços, um monte de investimentos e tudo mais. Mas o que se viu foi uma postura mais market friendly , com a Petrobras e p Banco do Brasil talvez como grandes destaques do ano.  A Petrobras hoje está vendendo gasolina acima do preço internacional, e o Banco do Brasil continuam tendo uma lucratividade muito grande. 

Os ativos do governo estão indo muito bem.  Quem apostou contra a Petrobras e contra o Banco do Brasil, perdeu muito dinheiro. Nesse sentido, o governo surpreendeu positivamente .

Mas você vê também o contrário. Há  empresas que  estavam na mão privada e não foram tão bem, com uma Eletrobras da vida, que estão tentando fazer voltar para as mãos do Estado.”

Riscos

“Enxergamos o mercado com um pouco mais de cautela. A gente acha que ainda existem riscos não tão pequenos aqui no Brasil. Na área fiscal, acho que ninguém acredita em zero de  meta. Existem riscos políticos relevantes, como risco de composição de governo.  

Você também tem o Congresso que talvez não consiga aprovar todas as medidas arrecadatórias. Há ainda as as eleições nas prefeituras, que  aumentam a pressão para gastar. E medidas de corte de custos são muito difíceis de passar.

Em termos de preço de ativos, vemos a bolsa ficar relativamente barata, mas com riscos. A gente vê o câmbio no nível barato, mas com mais riscos ainda.”

Soft landing?

No cenário internacional, é muito importante a questão do refinanciamento da dívida americana. Também é muito relevante o aumento dos juros nos Estados Unidos nos últimos dois anos.

Tem gente vendo um cenário perfeito de Poliana, dizendo que inflação vai cair, que vai haver um soft landing sem grandes impactos na economia. Pode acontecer isso?  Pode. Mas é difícil você ver economias com soft landing.

Se houver um slowdown um pouco mais pronunciado nos Estados Unidos, pode ser ruim para a bolsa lá fora. Se eu tiver de apostar se bolsa lá fora vai subir ou cair, acho que cai. Então, a gente não gosta muito de bolsa americana.
Cautela

Se você olhar o histórico dos últimos 20 anos do  S&P, novembro é um mês bom, dezembro é um mês médio. Então, calma aí. Pode ter rali? Pode. Mas vindo de um rali  tão grande em novembro, acho que está mais na hora de recolher as velas do que colocar mais lenha no fogo.”

Daniel Delabio, sócio-fundador e gestor da Exploritas


Plural Gestão

Desafios de 2023

“O maior desafio deste ano para qualquer gestora foi o nível de juros e a atratividade dos produtos bancários, como CDBs e LCIs, entre outros. Além disso, o mercado de crédito privado foi surpreendido pela fraude na Americanas, processo de recuperação judicial da Light e consequente apreensão sobre qual empresa seria a próxima a explodir.”

Em paralelo, tivemos um processo de abertura bem relevante da curva de juros americana, que drenou o capital de risco.”

Fim de ano

“O mês de dezembro é sazonalmente mais positivo, e acreditamos que neste ano siga dessa forma. Temos uma agenda política carregada pela votação da reforma tributária e taxação dos fundos exclusivos, que devem tomar a atenção dos investidores.”

“Também estaremos atentos aos sinais do FED sobre evolução do afrouxamento monetário.” 

“O ambiente segue favorável, principalmente, para o mercado de crédito privado.”

Expectativas para 2024

“Acreditamos que o apetite para risco aumente à medida que ficar mais claro o ambiente de corte de juros das economias desenvolvidas. O fluxo para fundos multimercado e ações deve se intensificar. O grande desafio seria este cenário não se concretizar, com continuidade de riscos inflacionários e adiamento do afrouxamento de política monetária.”

Bruno Stuani, head comercial da Plural Gestão

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