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Banco Central e Fed se reúnem à sombra do “risco fiscal” no Brasil e dos treasuries nos EUA
Há pouca dúvida no mercado sobre a decisão. Analistas esperam queda de 0.5 ponto no Brasil e manutenção nos das taxas nos EUA.
Juros nos Brasil e nos EUA, Banco Central e Fed se reúnem à sombra do “risco fiscal” no Brasil e dos treasuries nos EUA, Capital Aberto

O Comitê de Política Monetária do Banco Central e o Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve se reúnem nesta terça e quarta-feiras para decidir as taxas básicas de juros nos Brasil e nos EUA. Mas, desta vez, os olhos do mercado não vão estar focados nos índices em si.

No Brasil, as dúvidas sobre a política fiscal e as contas públicas ganharam ainda mais espaço. Nos EUA, os radares estão apontados para o comportamento dos títulos públicos. 

Há pouca dúvida no mercado sobre a decisão tanto no Brasil como nos Estados Unidos. O quase consenso é que o Banco Central reduzirá a Selic dos atuais 12,75% para 12,25% ao ano. Nos EUA, a opinião majoritária é que o Fed não vai mexer nos juros, que estão atualmente na faixa de 5,25% a 5,5% ao ano.

Se os prognósticos se confirmarem, uma parte das atenção estará voltada para os comunicados e discursos pós-reunião, em busca de sinais sobre quais podem ser os próximos passos da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Juros no Brasil

“O mercado vai querer entender principalmente como eles (os diretores do BC) estão vendo a inflação do país e se há sinais de enfraquecimento ou não da economia”, diz Jonas , da Hike Capital, consultoria de investimentos com sede em São Paulo.

Da reunião passada para cá, as previsões de inflação para 2023 feitas pelo mercado vêm caindo semana a semana, embora o mesmo movimento não seja observado em relação a 2024.

Desde a sexta-feira da semana passada, porém, outro fator ganhou ainda mais importância no radar dos gestores e investidores: para onde vai a política fiscal depois da fala do presidente Lula admitindo um déficit primário em 2024.  

“O Copom de amanhã (quarta) sem dúvida é importante. Mas, olhando para frente, a gente precisa entender onde está ancorada a discussão do déficit de 2024”, disse Bruno Lima, analista de equities do BTG no Morning Call, podcast do banco.

Na última ata, o Banco Central já havia chamado a atenção para a sua avaliação sobre “a importância da firme persecução dessas metas(fiscais)”, tendo em vista a importância delas para a “ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária”.

O risco fiscal também é mencionado na análise “Esquenta do Copom”, divulgada pela XP: “Os dados recentes sobre inflação e atividade continuam a sugerir espaço para flexibilização monetária, mas acreditamos que uma aceleração no ritmo de corte é cada vez menos provável, em linha com a elevação nos juros americanos e riscos fiscais persistentes no quadro doméstico”.

Por conta disso, a instituição prevê uma diminuição da taxa Selic em 0,50 ponto percentual nesta semana e uma sinalização de que o BC manterá o ritmo nas próximas reuniões. A XP projeta redução da Selic até junho de 2024, com a taxa básica chegando aos 10%.

Decisão nos EUA

Nos Estados Unidos, analistas acreditam que a reunião do Fed, que deverá manter as taxas de juros, será ofuscada pelo anúncio na manhã desta quarta-feira do perfil da emissão de títulos públicos.

Na segunda-feira, o Fed já anunciou que emitiria US$ 776 bilhões em títulos da dívida pública. A proporção do perfil de cada título deve ser conhecida na quarta de manhã e é importante porque vai determinar o preço e os rendimentos dos ativos.

Desde a última reunião do Fed, os rendimentos dos títulos do tesouro americano aumentaram, com os títulos de dez anos chegando a superar 5% na semana passada.

O comportamento teve impacto sobre os mercados de todo o mundo, e levou dirigentes do Fed a afirmar que ele ajudaria na manutenção das taxas básicas de juros da economia por efetivamente levar a um desaquecimento da economia. 

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