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Ponto a ponto: Entenda o que está no radar BC
Roteiro da Capital Aberto mostra o que o Banco Central está olhando na hora de calibrar os juros.
Ata do Copom, Ponto a ponto: Entenda o que está no radar BC, Capital Aberto

A divulgação ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central nesta terça-feira reforçou os principais pontos do comunicado divulgado após o anúncio da redução da Selic de 13,25% para 12,75% na última quarta-feira.

O texto da ata do Copom aponta para uma manutenção da redução da taxa de juros a um ritmo de 0,5 ponto percentual por reunião até o final do ano, que fecharia com a Selic a 11,75%.

O Banco Central justificou a manutenção do ritmo dizendo que, “a conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação com reancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária.”

A Capital Aberto preparou um roteiro ponto a ponto, mostrando, de acordo com a ata da reunião, que informações foram discutidas pelo Copom que levaram a essa conclusão.

Ata do Copom

  • O Copom Central está acompanhando o processo de queda da inflação internacional, mas nota que em diversos países o núcleo da inflação ainda é alto e que o mercado de trabalho continua aquecido.
  • O comitê registrou a alta das taxas de juros de longo prazo nos EUA.
  • No âmbito doméstico, o Copom notou “uma maior resiliência da atividade econômica, com dinamismos de alguns setores da economia e alta do consumo das famílias”.
  • A inflação ao consumidor mantém uma dinâmica mais benigna, exibindo desaceleração tanto na inflação de serviços quanto nos núcleos de inflação. Mas “os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária (…) mantêm-se acima da meta.”
  • Para o Copom, a conjuntura externa se mostra incerta. Observa-se desinflação, “mas os riscos referentes a fenômenos climáticos, guerra na Ucrânia e política internacional de preços de petróleo sugerem a possibilidade de renovadas pressões inflacionárias de oferta.”
  • Os diretores do BC vêem um cenário de crescimento global “marcado pela resiliência da atividade e do mercado de trabalho nos Estados Unidos, em contraposição a um menor crescimento projetado para a economia chinesa.” 
  • O comitê discutiu o que pode estar por trás da “elevação das taxas de juros de longo prazo nos países avançados” e deu mais peso à explicação fiscal em função de déficits nominais persistentes, sobretudo nos Estados Unidos.
  • Para o comitê, uma explicação para a inflação persistente em diversas economias são impulsos fiscais ainda elevados. 
  • O comitê discutiu quatro hipóteses para o crescimento resiliente nos últimos meses: pujança do agronegócio, elevação da renda disponível via mercado de trabalho, redução dos gastos com alimentação ou políticas de transferência de renda, taxas de juro neutra mais elevada ou crescimento potencial maior por conta de reformas regulatórias. 
  • O comitê observou desaceleração mais acentuada na concessão de crédito à pessoa jurídica, ao passo que a concessão à pessoa física exibiu menor desaceleração, sendo menos acentuada nas modalidades de baixo custo. 
  • Sobre o mercado de trabalho, os diretores do BC concordam que não há evidência de pressões salariais elevadas nas negociações trabalhistas.
  • Na visão do Copom, a incerteza no mercado migrou da dúvida sobre o arcabouço fiscal para o “atingimento das metas fiscais”.
  • Em relação à inflação, o comitê julgou que há uma evolução benigna do cenário corrente de inflação, mas com riscos, entre eles o impacto do El Nino e preço internacional do petróleo, que justificam pela necessidade de uma política monetária contracionista e cautelosa, de modo a reforçar a dinâmica desinflacionária.

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