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PIB sobe acima da expectativa no 1° tri, mas tragédia no RS tem pressão baixista sobre a economia
No período, a economia cresceu 0,8%, acima da expectativa de 0,7% do mercado, impactada pelo consumo resiliente e a recuperação dos investimentos
PIB, PIB sobe acima da expectativa no 1° tri, mas tragédia no RS tem pressão baixista sobre a economia, Capital Aberto

O crescimento do PIB de 0,8% no primeiro trimestre do ano quando comparado ao trimestre imediatamente anterior é uma boa notícia, já que é a maior alta dos últimos quatro trimestres e o mercado esperava uma elevação de 0,7%. No entanto, a tragédia vista no Rio Grande do Sul deve ser um peso negativo daqui para frente para a economia brasileira.

No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) mostrou um consumo resiliente e a recuperação dos investimentos. A formação bruta de capital fixo (investimentos) aumentou 4% na comparação com o quarto trimestre do ano passado.

“Finalmente o investimento reagiu, a formação bruta de capital fixo reagiu, acho que possivelmente está ligado à queda da Selic. A gente tem uma Selic média menor nesses últimos meses, o que incentiva os empresários a investirem mais”, diz o economista-chefe do banco Master, Paulo Gala.

Pelo lado do consumo, que cresceu 1,5% na mesma base de comparação, a principal contribuição foi o aumento da renda das famílias, liderado por um mercado de trabalho resiliente, pelos pagamentos extras de precatórios e pelo aumento dos benefícios sociais vinculados ao salário-mínimo.

O coordenador econômico da Genial Investimentos, Yihao Lin, faz um alerta de que a alta do consumo poderia ser maior, não fosse o problema de descontinuidade da dessazonalização na comparação com o trimestre anterior. “Ou seja, o crescimento do consumo das famílias aparenta ter tido um resultado mais forte do que é capturado”.

Em números absolutos, o PIB totalizou R$ 2,7 trilhões no primeiro trimestre deste ano, sendo R$ 2,4 trilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios.


Leia também: Projeções do Focus para inflação e Selic sobem novamente


A tragédia no Sul

Apesar de o resultado ser amplamente comemorado pelo mercado, os próximos trimestres não são tão otimistas assim. Isso porque a tragédia que devastou o estado do Rio Grande do Sul vai começar a ter as consequências a partir do segundo trimestre do ano.

Na avaliação do coordenador econômico da Genial Investimentos, ainda há muitas incertezas em torno do impacto da tragédia no Sul sob o crescimento do ano. Mesmo assim, a corretora mantém o crescimento de 2,2% do PIB brasileiro em 2024.

“Esse mercado de trabalho mais resiliente, que vem surpreendendo, antes da tragédia do Sul, tinha gerado um viés altista para nossa projeção de 2,2% de crescimento no ano, mas com esse choque que tivemos no Sul acabamos retirando esse viés de alta para a nossa projeção. Para o segundo trimestre, temos uma expectativa de um crescimento de 0,2% do PIB, já incorporando impactos das enchentes lá no Sul”, explica Lin.

O Itaú BBA também manteve o crescimento do PIB de 2,3% este ano. No entanto, o banco alerta no relatório divulgado nesta manhã que a projeção não incorpora os desastres no Rio Grande do Sul. “Isso leva a um viés de baixa em nossa projeção do PIB para o 2T”.


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