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Islâmicos surpreendem e estrangeiros investem bilhões em títulos

 

 

Até a compra do controle da P&O, a operadora dos portos internacionais britânicos, em fevereiro de 2006 pela Dubai Port’s World, as finanças islâmicas (regidas pela shariah, ou “lei do Islã”) eram vistas internacionalmente mais como aberração do que oportunidade. Mas os dados de demanda pelos sukuks — títulos de dívida criados à semelhança dos bonds e utilizados para financiar a aquisição — mostram uma mudança significativa.

A emissão, inicialmente planejada em US$ 2,8 bilhões, foi ampliada para US$ 3,5 bilhões diante de uma demanda registrada de mais de US$ 11,4 bilhões, mais de metade proveniente de investidores estrangeiros. Embora o conjunto de regras varie conforme o país islâmico em questão, a essência desses títulos pode ser resumida a dois princípios básicos: a renda não pode ser proveniente de atividades consideradas impróprias — relacionadas a jogos de azar e apostas ou mesmo à produção de armas, bebidas alcoólicas, tabaco e derivados da carne de porco — e é proibido o pagamento ou a cobrança de juros. Por essa razão os títulos eram vistos com suspeita por investidores internacionais: como a sua valorização deve provir da valorização dos ativos reais a que estão atrelados, as projeções de retorno eram sempre cercadas de incertezas.

Mas o repentino interesse é movido principalmente pelas grandes emissões recentes, que acabaram por derrubar outra barreira pela demanda para esses títulos: a baixa liquidez. Essa atratividade também foi incrementada pelo apelo cada vez maior dos projetos de infra-estrutura para investidores institucionais em busca de ganhos de longo prazo, como os fundos de pensão. A maioria dos sukuks é emitida para financiar estruturas de saneamento básico e transporte portuário de países dos Emirados Árabes. “Trata-se um mercado de US$ 40 bilhões e os investidores globais, por suas necessidades de diversificação de portifólio, não podem ignorar essa região do mundo” afirma Arul Kandasamy, head de islamic banking do Barclays Capital, em entrevista à revista The Economist.


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