Que a governança corporativa tornou-se um item obrigatório na rotina de qualquer companhia, isso não resta a menor dúvida. Mas que as mesmas boas práticas agora também pertencem ao dia-a-dia da atividade dos gestores de recursos é uma tendência apontada por pesquisa realizada em dezembro, pela KPMG, com diretores e CEOs de 192 assets localizadas em 25 países. A pesquisa colheu opiniões sobre a importância das boas práticas para esse público, que atualmente gere um patrimônio de US$ 21 trilhões pelo mundo.
Segundo o documento, 75% dos gestores norte-americanos — contra apenas 43% dos europeus — consideram a governança como “muito importante” na condução do próprio negócio. Na Europa, cerca de 70% das assets classificam a prática de governança como alta prioridade. Já na América do Norte, esse percentual é de quase 100%.
Na avaliação da KPMG, a diferença reflete as seqüelas que os recentes escândalos envolvendo os fundos mútuos deixaram nos Estados Unidos. Embora alguns países europeus também tenham assistido a episódios controversos – como a cobrança de taxas muito generosas, o trauma é mais recente na América do Norte. Tanto é que, quando perguntados sobre os aspectos positivos e negativos de se trabalhar em linha com as boas práticas, os europeus foram os que mais encontraram prejuízos na adoção da governança — o aumento da burocracia interna, por exemplo. O modelo de governança observado na indústria de fundos prevê três diretrizes: foco no interesse do cliente, transparência no investimento e conduta nos negócios.
Houve também diferença nas respostas das duas regiões quando os entrevistados responderam qual seria o meio mais eficaz para se implantar a governança dentro de suas assets. Tanto a Europa quanto a América do Norte defendem que esse processo deve ocorrer, prioritariamente, pela melhora das estruturas internas de controle. Porém, num segundo momento, enquanto os Estados Unidos e o Canadá tendem a valorizar mais as mudanças de comportamento e cultura dos funcionários (60% das respostas), entre os gestores europeus, apenas 46% chegaram à mesma conclusão.
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