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IPOs de 2006 trazem empresas com faturamento menor

O ano de 2006 foi o melhor da Bolsa de Valores de São Paulo em pelo menos 20 anos. Foram registrados 26 IPOs e captados R$ 15,2 bilhões, segundo dados da Bovespa. A cifra considera o green shoe (15%) e o lote adicional (20%) quando estes foram exercidos (com exceção apenas para Positivo, Lopes e Dufry, que foram computados com os números iniciais). Somadas todas as ofertas de ações, inclusive as de companhias já listadas, chega-se a R$ 30,2 bilhões, num total de 42 operações.

João Batista Fraga, superintendente de relações com empresas da Bovespa, observa que uma característica dos IPOs deste ano é a presença de companhias menores. Segundo levantamento da bolsa, o faturamento médio anual das que ingressaram no mercado em 2006 gira em torno de R$ 600 milhões, mais de três vezes inferior ao registrado nos anos anteriores, quando a média era de R$ 1,9 bilhão.

Fraga atribui o sucesso das ofertas também ao crescimento e ao aperfeiçoamento da indústria de intermediação. A maior capacitação, somada ao grande interesse dos investidores estrangeiros, faz com que mais empresas possam ingressar no mercado.

Dados da Bovespa apontam ainda para a redução da participação dos investidores pessoa física e dos clubes de investimento nas ofertas de ações. Em 2006, até o início de dezembro, a média era de 7,64%. No ano anterior, girava em torno de 11%. Outra diferença em relação a 2005 está no aumento das ofertas primárias frente às secundárias. Em 2006, a emissão de papéis novos superou em mais de 11% o volume de ações secundárias. Estas, por sua vez, haviam superado as primárias em mais de 50% em 2005.

Um levantamento do Banco Itaú evidencia ainda o crescimento da participação de investidores estrangeiros nas ofertas em relação ao ano anterior. Em 2005, a média foi de 60%. Em 2006, subiu a 67%, considerando- se somente os IPOs. A rentabilidade média das ofertas — variação do preço da ação no ano, desde o lançamento, ponderada pelo volume total ofertado —, no entanto, caiu significativamente. Passou de 48% em 2005 para 27% até o dia 8 de dezembro, período em que o Ibovespa acumulava alta de cerca de 29%.

Para Fábio Niel, administrador de carteiras da instituição, os dados evidenciam o elevado nível de interesse dos estrangeiros, que estão pagando muito bem pelos papéis. “Isso faz com que os preços de lançamento fiquem elevados, reduzindo o espaço para valorização após a estréia”.


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