Num projeto coordenado pelas Nações Unidas — que contratou a Mercer Investment Consulting para auxiliá-la no processo — 50 investidores institucionais que, juntos, totalizam US$ 4 trilhões em investimentos globais, lançaram no início do mês em Nova York e em Paris um conjunto de diretrizes de atuação global que integram os aspectos ambientais, sociais e de governança (chamados de “ESG issues”) a suas estratégias de gestão de carteiras.

A proposta é integrar a análise desses aspectos ao processo de avaliação de potenciais companhias investidas, pavimentando o caminho para a construção de investimentos de longo prazo com melhores retornos e de mercados financeiros sustentáveis.

São seis os princípios gerais que esses investidores deverão seguir. O primeiro é incorporar a análise dos ESG em seus processos de decisão. O segundo determina que os signatários sejam acionistas pró-ativos, exercendo seus direitos de voto, monitorando a adequação dos processos de votação conduzidos pelas companhias e estimulando a divulgação das políticas de investimentos de seus pares. A divulgação adequada das atividades e dos indicadores relacionados às práticas dos ESG é o terceiro princípio, que passa, também, pelo estímulo à adoção de padrões como o GRI (Global Reporting Initiative). As demais diretrizes dizem respeito à promoção da aceitação e adoção dos ESGs pela indústria de investimentos internacional e ao relato das atividades e progressos obtidos.

Dentre os signatários figuram alguns dos maiores fundos de pensão e investidores institucionais do mundo, como a Calpers (fundo de pensão dos funcionários públicos da Califórnia), o fundo dos professores universitários do Reino Unido (USS) e a Daiwa Asset Management do Japão. A Previ é a única brasileira que participa.