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Empresas mais conscientes, porém com pouco avanço nas desigualdades de gênero e racial
É o que apontam dados extraídos pela MZ dos Formulários de Referência entregues por 346 companhias abertas com ações negociadas na B3
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Questões relacionadas a boas práticas ESG – socioambientais e de governança –, a adoção de comitês não estatutários e política de remuneração baseada em metas vêm ganhando espaço nas companhias de capital aberto. É o que aponta o Estudo Global do Formulário de Referência (FRE) 2023, realizado pela MZ, empresa que atua com soluções de relações com investidores. As informações foram extraídas dos FRE de 346 companhias listadas na B3 e oferecem uma visão geral das práticas e informações divulgadas pelas empresas de capital aberto no Brasil. Esta é a quarta edição da pesquisa com base nos formulários de referência e apontou, também, que houve poucos avanços no combate à desigualdade de gênero e raça nas posições de liderança

Além de uma redução do número de FRE analisados em relação aos anos anteriores, fruto do fechamento de capital de algumas companhias e da ausência de IPOs, o CFO & COO da MZ destaca mudanças importantes em outros aspectos declarados pelas empresas. “Um ponto relevante são os elementos ESG mais presentes nos formulários de referência assim como o número de empresas de capital aberto que consideram ODS em suas práticas, um amento de 10 pontos percentuais sobre o ano anterior”, comenta Cássio Rufino.


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O levantamento apontou que 73,4% das companhias afirmaram nos FRE adotarem práticas ESG, sendo 67,7% com periodicidade anual. O principal formato de divulgação das iniciativas foi o Relatório de Sustentabilidade, apontado por 81,9%. Em relação aos ODS – Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, da ONU – 89,4% das empresas que adotam práticas ESG afirmaram considerar as metas ODS. “No geral, vemos as empresas mais conscientes das responsabilidades perante a sociedade e os formulários de referência confirmam isto”, comenta o executivo da MZ.

O estudo avaliou as ameaças para o negócio reconhecidas pela gestão. Em relação aos administradores, 83,8% afirmaram reconhecer os riscos existentes, percentual que recua a 81,8% quando o tema são questões sociais. O menor percentual, de 77,5% se refere ao reconhecimento de riscos ligados às questões climáticas para seus negócios.

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Distribuição de gênero e de cor

Cássio Rufino destaca ainda a constatação de que, embora mais conscientes do papel na sociedade, a disparidade de gênero, principalmente na alta administração da companhias de capital aberto, ainda é uma realidade. “Este ano, houve um pequeno aumento de menos de 2 pontos percentuais na presença de mulheres em cargos de diretora presidente e diretora de Relações com Investidores (DRI). No entanto, a proporção de CEOs homens continua acima de 95%, indicando a necessidade de esforços contínuos para promover a equidade de gênero”, comenta Rufino.

Na Diretoria Executiva das companhias, 84,7% dos profissionais se declararam brancos, 3,4% pardos e apenas 0,4% negros. Nos Conselhos Efetivos a situação é semelhante, com 81,8% de brancos.

A diversidade de gênero nas empresas de capital aberto é outro ponto que ainda apresenta desafios. Na Diretoria Executiva, a auto declaração de mulheres caiu dois pontos percentuais, representando agora 13,4% dos cargos. No Conselho de Administração, houve um pequeno aumento de um ponto percentual, com mulheres ocupando 15,3% das cadeiras.  

Métricas Financeiras

A análise dos formulários de referência mostrou que as métricas financeiras mais utilizadas pelas empresas também apresentaram variações. O EBITDA foi a métrica mais recorrente, com uma frequência de 12,6%, significativamente maior que os 7,5% do ano passado. Receita e CAPEX foram as outras métricas destacadas, cada uma com uma frequência de 7,3%, refletindo ligeiras variações em comparação com o ano anterior.

Sobre a remuneração paga pelas empresas, prevista para 2024, o setor de Serviços Financeiros é aquele com a maior média de total tanto da Diretoria Executiva quanto do Conselho de Administração.  O setor financeiro prevê destinar R$ 119,1 milhões para o pagamento da diretoria executiva, bem distante do segundo colocado, Alimentos & Bebidas, com R$ 68,7 milhões, e do terceiro, Papel & Celulose, com R$ 60,5 milhões. “Os bônus pagos pelos bancos são muito grandes, astronômicos, fica difícil até comparar com outros setores”, comenta Cássio Rufino. Já o plano de remuneração baseado em ações, por setor, 58,7% das empresas disseram ter a política instalada. Em Petróleo & Gás, por exemplo, este percentual chega a 91%.


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