Os bônus perpétuos (títulos sem data de vencimento) emitidos até agora pelas companhias brasileiras foram acolhidos com euforia pelo mercado internacional, com demanda que superava a oferta em muitas vezes. Vendidos a 100% de seu valor de face no lançamento, os títulos têm apresentado liquidez satisfatória no mercado secundário e, na maioria dos casos, são negociados por preços ligeiramente acima do valor inicial — entre 101% e 106%. De acordo com Luis Berlfein, responsável pela área de mercado de capitais do BNP Paribas, o volume de negócios costuma ser elevado nos dias que se seguem à oferta, quando muitos dos compradores cedem ao apelo da valorização no curtíssimo prazo que, puxada pela demanda não atendida, chegou em casos recentes a bater 20%. Ele aponta o tamanho de cada emissão e também o movimento das taxas pagas pelos títulos do tesouro americano (treasuries) como os principais fatores que influenciam a liquidez no mercado secundário. “As últimas ofertas sofreram com o mercado mais difícil, especialmente depois que os treasuries de dez anos romperam a barreira dos 5%.” Os bônus do Banco do Brasil que o digam. Com a menor taxa de juros já registrada por um perpétuo brasileiro (7,95%), eles perderam atratividade após a alta do título americano e estão cotados abaixo do valor de face (98%). Dos 12 títulos brasileiros hoje no mercado, três outros — justamente os mais recentes — vêm sendo negociados com desconto: o da sucroalcooleira Cosan (a 96%), o da Gol (a 97%) e o da Globo Participações (a 98,5%). |
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