Conheça o estudo completo neste link.
A Lei de Recuperação de Empresas e Falências foi essencial para a modernização do ambiente brasileiro de recuperações judiciais. Essa legislação, ao completar dez anos em 2015, foi celebrada por sua capacidade de oferecer ao cenário de negócios no País mais dinamismo e segurança — palavras essenciais para se construir um contexto positivo, com efeitos diretos em diversas áreas, inclusive no mercado de capitais.
Apesar desse ambiente mais propício para a reestruturação de negócios em dificuldades em acordo com os credores, ainda é melhor perceber sinais que expressem qualquer início de declínio e agir preventivamente. Essa é uma das conclusões do estudo “Reestruturação empresarial: a visão de empresas e especialistas no contexto dos 10 anos da Lei de Recuperação de Empresas e Falências”, lançado pela Deloitte em comemoração à primeira década da lei.
Participaram do estudo 129 empresas. O objetivo foi identificar quais medidas têm sido adotadas para se enfrentar desafios atuais, como desaquecimento econômico, desvalorização da moeda, redução de crédito e elevação do custo do financiamento.
Luis Vasco Elias, sócio da área de Financial Advisory da Deloitte e líder da frente de soluções de Reestruturação Empresarial, responsável pelo estudo, destaca a visão pragmática das empresas entrevistadas para lidar com a gestão financeira, com investimentos em iniciativas de redução de custos e de captação de recursos em fontes tradicionais, como bancos comerciais. “Muitas empresas, no entanto, vão além e contam com uma abordagem estratégica e com foco na melhora do desempenho, envolvendo elementos cruciais como inovação, excelência no nível de serviços e capital humano”, afirma Elias. “A governança corporativa também é um item que desponta, dada sua inegável importância para os negócios.”
A seguir, conheça alguns destaques da pesquisa:
Impacto no valor – Segundo 92% das empresas, otimização de custos para a eficiência operacional é o indicador de maior impacto na geração de valor para o negócio.
Maior atratividade – A implementação de modelos de governança corporativa é uma questão que ganha relevância — 50% das empresas já adotaram e 41% pretendem adotar.
Foco no caixa – Em relação ao fluxo de caixa, 67% das empresas entrevistadas têm investido em aprimoramentos operacionais e gestão de custos e de recursos financeiros.
Aumento do portfólio – Ampliar a carteira de clientes e lançar produtos e serviços são as estratégias de investimentos mais realizadas, respectivamente, por 55% e 47%.
Fontes de recursos – A maior parte dos entrevistados tem se concentrado em fontes tradicionais para a captação de recursos: 44% acessaram bancos comerciais e 26% pretendem acessá-los. A maior vantagem, segundo eles, está nas condições de juros e prazos em relação ao fluxo de caixa (75%) e na facilidade na liberação do capital (61%).
Capital de risco – Private equity e abertura de capital são as opções menos apontadas — foram acessadas por, respectivamente, 11% e 4%. Mas podem ganhar relevância: 26% e 22% devem adotá-las no longo prazo, respectivamente. As maiores vantagens são fomento à expansão (61%) e experiência no setor direcionada ao aumento da performance (56%).
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